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Agronegócio

Indígenas invadem fazenda no Paraná e levam tensão ao campo

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Uma invasão à Fazenda Brilhante, em Mirassol (cerca de 700 km da capital, Curitiba) está levando tensão ao Oeste do Paraná. O problema começou domingo a tarde quando indígenas invadiram a propriedade. Ontem a tarde, a Secretaria de Estado da Segurança Pública anunciou o reforço no policiamento de Terra Roxa para garantir a segurança e a ordem na área enquanto se busca uma solução pacífica para a situação.

Nesta quarta-feira (17.07), o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, participará de uma reunião em Terra Roxa para discutir os conflitos em andamento. O encontro contará com a presença de representantes da Funai, Incra, Justiça Federal, Polícia Federal, Batalhão de Fronteira, Prefeitura de Terra Roxa, Ministério Público e outras entidades envolvidas na questão. A expectativa é que a reunião produza um plano de ação para resolver os conflitos e garantir a segurança de todas as partes envolvidas.

A Funai já iniciou tratativas tanto com os indígenas quanto com os agricultores, mas até o momento não houve uma resolução satisfatória. Um dos pontos de reivindicação dos indígenas é que a Itaipu Binacional assine um documento comprometendo-se a adquirir um local para assentá-los.

Em meio ao conflito, a Itaipu Binacional emitiu uma nota oficial, destacando seus esforços para reparar dívidas históricas com as comunidades indígenas, mas ressaltando que a empresa não tem competência para realizar demarcações de terras. “Estamos trabalhando junto à Funai e ao Ministério dos Povos Indígenas com o máximo esforço para resolver essas demandas o mais breve possível”, afirmou Luiz Fernando Delazari, diretor jurídico da Itaipu.

O advogado do proprietário da fazenda invadida já entrou com um pedido de reintegração de posse junto à Justiça Federal, buscando uma solução judicial para o conflito. A decisão da Justiça será crucial para determinar os próximos passos e a possível desocupação da área.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Práticas agrícolas sustentáveis ajudam na preservação do Cerrado

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Embrapa demonstra que práticas agrícolas sustentáveis podem preservar a porosidade e a agregação do solo em níveis próximos aos de áreas de vegetação nativa no bioma Cerrado.

Conduzida por Letícia Pimenta, Vanessa Pereira, Amanda Santos, Maria Eduarda Xistuli, Érika Pinheiro (UFRRJ), David de Campos (Embrapa Solos) e Celso Manzatto (Embrapa Meio Ambiente), a pesquisa ressalta a importância do manejo adequado para a saúde do solo e a sustentabilidade da agricultura e da pecuária.

A pesquisa avaliou a porosidade do solo em áreas com diferentes sistemas de manejo, como o plantio de milho convencional, a pastagem produtiva com capim mombaça, e uma área de Cerrado denso preservado, localizada em João Pinheiro, Minas Gerais. Os resultados apontaram que a conservação da porosidade do solo em áreas de pastagem se deve ao uso controlado da taxa de lotação animal e à rotação entre piquetes, estratégias que permitem a recuperação do capim, prevenindo a compactação causada pelo pisoteio do gado.

Nas áreas de cultivo, os pesquisadores destacaram a relevância de práticas como o plantio direto, utilizado anteriormente para a produção de abóbora. Essa técnica evitou o uso de maquinário pesado, ajudando a manter a estrutura do solo favorável à infiltração de água e ao desenvolvimento radicular, elementos essenciais para a produtividade agrícola no Cerrado, um bioma rico em biodiversidade, mas sensível a impactos ambientais.

Os autores do estudo enfatizam que práticas sustentáveis como essas são fundamentais para garantir a longevidade produtiva e a resiliência dos solos do Cerrado, contribuindo não só para a segurança alimentar, mas também para a preservação de um dos ecossistemas mais ameaçados do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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