Brasília recebeu nesta terça-feira (13) o seu 1º Congresso da Felicidade . O evento, que visa discutir o tema para a criação de políticas públicas para promover o bem-estar como uma prioridade na vida dos brasilienses e transformar a cidade na capital da felicidade, começou pela manhã com uma programação especial. Aberto pela idealizadora, Cosete Ramos, o congresso trouxe o ex-ministro do Butão como primeiro palestrante do dia.
Emocionada, Cosete disse que felicidade é o sentimento coletivo de toda uma nação e ressaltou um dos objetivos do evento, que é a criação de uma secretaria da felicidade na capital. “ Eu não sei o que é felicidade para Brasília, você não sabe, mas nós, juntos, vamos dizer ao governo o que é felicidade para nós e ele vai nos entregar o trajeto para essa construção “, disse.
O secretário de Estado de Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires, representou o governador Ibanes Rocha no evento e disse que ele abre uma discussão importante. “Eu acho que esse congresso traz uma reflexão para a gente. O que pode ser feito nas com as crianças na educação para que ela desenvolva o principio da felicidade, o que pode ser feito na segurança pública, o que pode ser feito na saúde, na área social, na cultura, no esporte, é muito importante essa reflexão”, destacou.
Para um auditório lotado, o ex-ministro da educação do Butão, Thakur S. Powdyel, contou como foi criado o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) no país e elencou os quatro pilares do índice: equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico, preservação ambiental, preservação cultural e promoção da boa governança. Sobre esta última, ele disse que pode ser a causa da felicidade extrema.
“ Boa governança se traduz no bem-estar do seu povo, protege a sociedade, o desenvolvimento das nação, da mesma forma uma má governança pode causar muita infelicidade, por isso que a governança é um ato de fé, você deve isso ao seu povo, ao seu país, ao planeta, a humanidade e ao futuro dos seus filhos, para garantir a boa governança porque o que fazemos hoje terá implicações no futuro “, explicou.
O GPS|Brasília falou exclusivamente com o ex-ministro, que nos contou porque aceitou o convite para participar do evento.
“ O Brasil foi um dos poucos países que de fato fez muito trabalho, criando condições para a felicidade das pessoas. Em 2005, o parlamento do Brasil fez uma pequena mudança para incorporar a busca pela felicidade como direito humano básico. Quando Brasília está se preparando para esse importante congresso dedicado à felicidade e me pediu para vir o mínimo que eu podia fazer é viajar e dar apoio a esse esforço “, revelou.
Para fechar a manhã, a psicóloga Sálua Omais, especialista em psicologia positiva, que conduziu um debate sobre a ciência da felicidade. Um dos motes do evento, que reforça a importância de debater o assunto sob a ótica da ciência.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.