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MUNDO

Índia: ao menos 107 morrem esmagados após confusão em evento religioso

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Uma ambulância transporta os mortos em um tumulto durante um sermão em Hathras, no estado indiano de Uttar Pradesh, em 2 de julho de 2024
Pawan SHARMA

Uma ambulância transporta os mortos em um tumulto durante um sermão em Hathras, no estado indiano de Uttar Pradesh, em 2 de julho de 2024

Pelo menos 107 pessoas morreram esmagadas numa reunião religiosa hindu no norte da Índia nesta terça-feira (2), segundo um alto funcionário do governo. Diversas outras pessoas ficaram feridas.

Uma grande multidão reuniu-se perto da cidade de Hathras para um sermão de um pregador famoso, mas uma forte tempestade de poeira provocou pânico quando as pessoas estavam saindo.

Muitos foram esmagados ou pisoteados, caindo uns sobre os outros, e alguns caíram em um bueiro à beira da estrada em meio ao caos.

“Os participantes estavam saindo do local quando uma tempestade de poeira cegou sua visão, levando a uma confusão e ao subsequente trágico incidente”, disse à AFP Chaitra V., comissária da divisão da cidade de Aligarh, no estado de Uttar Pradesh.

“Estamos nos concentrando em fornecer socorro e assistência médica às vítimas”, acrescentou.

Horas depois da tragédia, ela disse aos repórteres que o número de vítimas passou de cem. “A informação inicial é que 107 pessoas morreram”, disse a comissária aos repórteres.

A maioria dos mortos eram mulheres, segundo o chefe médico do estado, Umesh Kumar Tripathi, que disse aos repórteres que “muitos feridos” foram hospitalizados.

Incidentes mortais são comuns em locais de culto durante os principais festivais religiosos da Índia, o maior dos quais leva milhões de devotos a fazer peregrinações a locais sagrados.

‘Esmagado até a morte’

Filas de ambulâncias levaram os feridos aos hospitais. Mulheres e homens chorando se reuniram em frente a um necrotério na cidade de Etah, para onde muitos dos mortos foram levados, em busca de notícias de seus parentes.

“Quando o sermão terminou, todos começaram a sair correndo”, disse Shakuntala, uma mulher que citou apenas seu primeiro nome, à agência de notícias Press Trust of India.

“As pessoas caíram em um bueiro à beira da estrada. Começaram a cair umas em cima das outras e morreram esmagadas”.

O primeiro-ministro Narendra Modi anunciou uma indenização de US$ 2.400 aos familiares dos que morreram e US$ 600 aos feridos no “trágico incidente”.

“Minhas condolências para aqueles que perderam seus entes queridos. Desejo a rápida recuperação de todos os feridos”, escreveu Modi na rede social X, antigo Twitter.

A presidente Draupadi Murmu disse que as mortes foram “comoventes” e apresentou as suas “mais profundas condolências”.

Registro sombrio

Yogi Adityanath, ministro-chefe de Uttar Pradesh e também monge hindu, expressou suas condolências aos parentes dos mortos, disse seu gabinete.

“Ele instruiu os funcionários da administração distrital a levarem imediatamente os feridos ao hospital e a acelerarem o trabalho de socorro no local”, afirmou.

O gabinete de Adityanath disse que uma investigação foi ordenada sobre as mortes.

As reuniões religiosas na Índia têm um histórico sombrio de incidentes mortais causados ​​por má gestão de multidões e falhas de segurança.

Pelo menos 112 pessoas morreram em 2016 após uma enorme explosão causada por uma queima de fogos de artifício proibida em um templo que marcava o ano novo hindu.

A explosão destruiu edifícios de concreto e provocou um incêndio em um complexo de templos no estado de Kerala, onde milhares de pessoas estavam reunidas.

Outros 115 devotos foram mortos em 2013, em um tumulto numa ponte perto de um templo em Madhya Pradesh.

Cerca de 400 mil pessoas estavam reunidas na área e a debandada começou depois que se espalhou o boato de que a ponte estava prestes a desabar.

Em 2008, 224 peregrinos foram mortos e mais de 400 ficaram feridos numa debandada num templo no topo de uma colina na cidade de Jodhpur, no norte do país.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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