O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais. Nesses encontros foram demonstradas as características do fungo que atinge a planta da mandioca, além de outras que também requerem igual atenção nos trabalhos de vigilância. As reuniões, que envolveram todo o quadro integrante da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), passaram pelas cidades de Cuiabá, Água Boa, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
– não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
O Governo do Estado irá economizar R$ 47,5 milhões anualmente com a extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat). Segundo o secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, a economia irá garantir que o Estado repasse mais recursos para outras áreas prioritárias que beneficiam o cidadão na ponta.
“O Governo de Mato Grosso tem como premissa uma gestão eficiente e responsável dos recursos públicos, buscando sempre entregar resultados para a sociedade. Ao centralizar as atribuições da Metamat na Sedec, direcionamos os investimentos para áreas prioritárias, que impactam a vida da população”, afirma o secretário da Seplag, Basílio Bezerra.
Em 2019, o Governo já havia encaminhado para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso um pedido de autorização para a extinção de cinco autarquias estaduais, incluindo a Metamat. Os deputados já deram a autorização ao Executivo estadual, que deu início ao processo de extinção na semana passada a fim de garantir uma melhor manutenção de despesas e aprimorar a eficiência dentro do serviço público.
Com o fim da Metamat, todas as atribuições da autarquia serão encaminhadas para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), sob o comando do secretário César Miranda, que já tem uma adjunta para este fim.
Um novo presidente deve ser nomeado para a Metamat nos próximos dias para dar continuidade ao processo de extinção da autarquia.