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Economia

Imposto de Renda 2023: veja dicas para aumentar a restituição

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Dicas ajudam a aumentar a restituição do Imposto de Renda
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Dicas ajudam a aumentar a restituição do Imposto de Renda

As entregas das declarações do Imposto de Renda começaram nesta quarta-feira  (15) e, além dos documentos obrigatórios, também é possível enviar comprovantes extras para garantir uma restituição maior do imposto.

A restituição do Imposto de Renda é a devolução do imposto pago a mais ao longo do ano-calendário – neste caso, 2022. Os cálculos para saber se um contribuinte tem direito à restituição são feitos pelo próprio programa da Receita Federal , e declarar despesas dedutíveis ajuda a aumentar a restituição.

Isso porque essas despesas podem ser abatidas do rendimento tributável de um contribuinte, reduzindo o valor total a ser tributado.

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Dentro dessas despesas dedutíveis, estão gastos com saúde, como plano de saúde, exames médicos e próteses ortodônticas, com educação, como mensalidade da escola dos filhos, e com previdência privada. Esses gastos precisam estar documentados para serem declarados no Imposto de Renda.

“O importante sempre é que toda essa documentação comprove que, de fato, foi o contribuinte ou dependente dele que utilizou aquele serviço, para que a gente consiga evidenciar caso a Receita Federal solicite algum tipo de comprovação”, aconselha Fabiano Azevedo, contador e parceiro da Omie.

Declarando dependentes

Fabiano aponta que uma das principais formas de aumentar a restituição do Imposto de Renda é fazendo a declaração de dependentes, como filhos e cônjuges. Dessa forma, as despesas dedutíveis dessas pessoas também contam para reduzir a tributação sobre o contribuinte.

O contador afirma que se o filho ou cônjuge não tiver rendimentos, com certeza é vantajoso declará-lo como dependente. Se houver algum tipo de renda, como o estágio de um filho, por exemplo, é importante fazer a conta para ver se compensa adicionar essa pessoa como dependente, ou seja, entender se as despesas vão deduzir mais imposto do que o que pode ser cobrado pela renda.

“O que eu indico sempre é que se faça o lançamento no programa de declaração do Imposto de Renda e veja o quanto ficaria de restituição, ou até mesmo de imposto a pagar, com o dependente e sem ele na declaração. Aí você vai escolher a forma que é mais econômica”, orienta o contador.

Quanto mais despesas dedutíveis, melhor

Outra dica que Fabiano dá é a de não se esquecer de nenhuma despesa que possa aumentar sua restituição. Embora essa declaração não seja obrigatória, ou seja, ninguém vai cair na malha fina por não declarar um gasto médico, por exemplo, ela ajuda a fazer com que o dinheiro devolvido pela Receita Federal seja maior.

“Quando a gente fala de saúde, por exemplo, muita gente pensa só no plano de saúde, mas também podemos declarar aquelas consultas que muitas vezes a gente paga porque não quer esperar o plano de saúde”, comenta Fabiano. Confira uma lista de exemplos que são considerados despesas dedutíveis:

  • Consultas médicas;
  • Exames;
  • Despesas hospitalares;
  • Despesas com parto;
  • Aparelhos ortopédicos e dentários;
  • Próteses ortopédicas e dentárias;
  • Planos e seguro de saúde;
  • Cirurgias plásticas – exceto com fins estéticos;
  • Materiais usados em cirurgia;
  • Despesas com assistente social, psicólogos, fisioterapeutas, massagistas e enfermeiros;
  • Matrículas e mensalidades escolares, desde a Educação Infantil até a pós-graduação;
  • Gastos com previdência privada

Como receber a restituição primeiro?

A restituição do Imposto de Renda começa a ser paga no dia 31 de maio, último dia da declaração. O primeiro lote é destinado, sobretudo, a prioridades legais, que incluem cinco grupos: idosos com mais de 80 anos, idosos com mais de 60 anos, deficientes, portadores de doenças graves e contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Apesar disso, outras pessoas também podem receber a restituição do Imposto de Renda no primeiro lote. Para isso, é necessário entregar a declaração no início do período. Além de declarar primeiro, outras dicas para ter prioridade na restituição são selecionar o recebimento por Pix e usar a declaração pré-preenchida.

Confira o calendário da restituição do Imposto de Renda 2023:

  • Primeiro lote: 31 de maio
  • Segundo lote: 30 de junho
  • Terceiro lote: 31 de julho
  • Quarto lote: 31 de agosto
  • Quinto lote: 29 de setembro

Fonte: IG ECONOMIA

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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