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MATO GROSSO

II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas tem audiência pública externa do Senado sobre Estatuto do Pantanal

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Foto: Thiago Bergamasco

Os desafios para a restauração e manejo do Pantanal foram debatidos durante o II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas: Desenvolvimento Sustentável, realizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) nesta segunda-feira (22) e terça-feira (23). Representando o Senado Federal, o senador Wellington Fagundes abordou o Estatuto do Pantanal, proposto por ele por meio do PL 5.482/2020.

Presidente da Subcomissão Permanente de Proteção ao Pantanal, na ocasião, o senador realizou uma audiência pública externa, chamando a atenção para a importância da destinação de investimentos ao bioma. “Um total de 93% do território pantaneiro, hoje, está nas mãos da iniciativa privada, com a responsabilidade toda dessa questão ambiental. Os investimentos serão fundamentais para que a gente possa resgatar o nosso Pantanal, valorizando o homem pantaneiro, o quilombola, o indígena, quem está lá investindo no turismo, enfim, a todos.”

Foto: Thiago Bergamasco

Promulgado em 2020, o Estatuto do Pantanal estabelece diretrizes claras para a preservação do meio ambiente, incluindo medidas rigorosas para combater o desmatamento, a poluição e as atividades ilegais na região. Prevê ainda a criação de programas de educação ambiental e incentivos para a adoção de práticas sustentáveis por parte das comunidades locais e dos setores produtivos que operam na área.

Durante o painel, o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Pantanal), Walfrido Tomas, falou sobre os desafios para a sustentabilidade no bioma, chamando a atenção para o aquecimento global, a devastação da Amazônia e o desmatamento das cabeceiras na Bacia do Alto Paraguai, bem como para a atual falta de legislação.

“A atividade humana não está dissociada dos serviços ecossistêmicos, como a chuva, a regulação de clima, o sequestro de carbono e a produção agrícola. Não há nenhuma lei que consiga abranger um sistema tão complexo como este, o que fazemos é restringir esses danos ao definirmos regras para minimizar esses impactos”, explicou.

Já a pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (Inau), Cátia Nunes, destacou os princípios que devem ser considerados no desenvolvimento de uma política pública voltada à região. “Temos que ver a lei como instrumento de gestão. É preciso criar uma cultura que privilegie o crescimento econômico aliado ao desenvolvimento socioambiental. Estes conceitos não são antagonistas.”

Ao citar dados de relatório realizado na região, o diretor técnico do Sebrae/MT, André Luiz Schelini, trouxe para o debate a possibilidade de capitalização do ativo cultural dos povos originários e tradicionais locais. “Não contabilizamos no capital natural para o pagamento de serviços ecossistêmicos o patrimônio cultural. Temos que mapear este ativo, já que este é um patrimônio nosso e estas cidades estão passando por êxodo.”

O encontro reúne pesquisadores e autoridades em nove painéis e quatro palestras e está sendo transmitido ao vivo pela TV Contas (Canal 30.2), TV Senado e pelo Canal do TCE-MT no YouTube. O Congresso conta com apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), do Instituto Rui Barbosa (IRB), do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa (ALMT), do Ministério Público do Estado (MPMT), do Senado Federal, do Instituto Nacional de Áreas Úmidas (Inau), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).

Clique aqui e confira a programação completa.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
Flickr: clique aqui

Fonte: TCE MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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