Nesta quarta-feira (17), os rebeldes houthis do Iêmen reivindicaram a autoria de um ataque contra um navio dos Estados Unidos na costa da cidade de Áden. A ação veio horas após o grupo ser incluído na lista americana de terroristas.
De acordo com o porta-voz militar dos houthis, Yahya Saree, as forças navais dos houthis atacaram o navio “Genco Picardy” com “vários mísseis” no Golfo de Áden. Em declaração feita à TV, Saree prometeu que o grupo não pararia os ataques em legítima defesa e em apoio aos palestinos em Gaza.
Por outro lado, a agência de segurança britânica United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO), disse que o ataque foi feito por um “sistema aéreo não tripulado”, ou seja, um drone. De acordo com a empresa, o incêndio provocado pelo ataque no navio graneleiro foi controlado e “a embarcação e a tripulação estão em segurança”.
Ainda nesta quarta, o porta-voz dos houthi, Mohammed Abdelsalam, afirmou à TV al-Jazeera que os ataques contra os navios americanos e britânicos no Mar Vermelho continuariam mesmo após a decisão dos EUA de colocar o grupo novamente na sua lista de entidades “terroristas”.
Segundo o chefe diplomático dos EUA, Antony Blinken, sanção, que entrará em vigor em 30 dias, tem como principal objetivo pressionar o grupo rebelde sem impactar a entrega de ajuda humanitária ao Iêmen.
“Não desistiremos de atacar os navios israelenses ou os navios que se dirigem aos portos da Palestina ocupada… em apoio ao povo palestino”, disse Abdelsalam à emissora, sediada no Catar.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.