Tamas Sulyok foi eleito pelo Parlamento da Hungria nesta segunda-feira (26), após a renúncia de sua antecessora, Katalin Novak. O fato aconteceu em razão a um indulto dado por ela a um condenado por pedofilia. Sulyok, 67, é um jurista que dirigia o Tribunal Constitucional do país desde 2016. O novo presidente assumirá suas funções no dia 5 de março.
A eleição para o cargo da presidência aconteceu duas semanas após a apresentação da carta de renúncia de Novak, no dia 10 de fevereiro. Ela concedeu o polêmico indulto a um antigo sub-diretor de abrigo para menores em abril do ano passado. Novak reconheceu ter “cometido um erro” quando o fez, após visita do Papa a capital do país.
O homem havia sido condenado em 2022 a mais de três anos de cárcere por encobrir os abusos sexuais que o diretor do abrigo cometia contra crianças e adolescentes do lugar. A oposição de seu governo vinha pedindo sua renúncia desde que um jornal independente havia revelado sua decisão.
Sulyok, novo substituto da agora ex-presidente, tem um perfil mais discreto e sem filiação política no país, após escolha do partido governante Fidesz. O primeiro-ministro do país, Viktor Orbán , tenta encerrar este escândalo que gerou grande comoção popular em fevereiro, quando mais de 130 mil pessoas estiveram nas ruas do país, segundo a RTL.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.