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MATO GROSSO

Hospital Regional de Rondonópolis realiza primeira biópsia cerebral na unidade

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O Hospital Regional de Rondonópolis realizou a primeira neurocirurgia estereotáxica para biópsia cerebral na unidade. A cirurgia durou cerca de duas horas e foi bem-sucedida. O paciente segue internado em observação e apresenta quadro de saúde estável.

O procedimento é considerado de alta complexidade e indicado para casos em que a retirada do tumor possa causar muitos danos sensoriais devido à localização no cérebro. Neste contexto, é indicada a biópsia cerebral para análise do material e seguimento para quimioterapia.

“Para a realização deste tipo de procedimento, utilizamos o sistema de biópsia estereotáxica, que é acoplado na cabeça do paciente com anestesia local, e logo após fazemos uso de exames de imagem. Localizamos o ‘alvo’ que vai ser biopsiado e a retirada deste alvo precisa ser muito bem traçada”, explicou o médico neurocirurgião Felipe Bastos.

Para a diretora do Hospital Regional de Rondonópolis, Milena Polizel, a realização do procedimento demonstra o comprometimento da equipe que atua na unidade.

“É um procedimento muito delicado e que a nossa equipe desenvolveu com maestria. A equipe do Hospital Regional está de parabéns por dar resolutividade a procedimentos complexos como esse”, acrescentou.

A biópsia foi realizada pela equipe de neurocirurgia do Hospital Regional de Rondonópolis, que também é composta pelos médicos neurocirurgiões Gabriel Chaves e Edilson Marques. A equipe conta com o suporte da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neurológica da unidade.

“O Hospital Regional de Rondonópolis vem reestruturando os atendimentos de alta complexidade desde 2019. Aos poucos, aumentamos a oferta dos procedimentos de alta complexidade, fato que reduz a transferência de pacientes para a realização de procedimentos em outros municípios e regiões. Isso dá mais qualidade de vida aos pacientes da região sul do estado”, concluiu a secretária adjunta de gestão hospitalar da SES, Caroline Dobes.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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