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MATO GROSSO

Hospital Estadual Santa Casa realizou mais de 5 mil exames preventivos de câncer em mulheres em 2023

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O Hospital Estadual Santa Casa, unidade mantida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) em Cuiabá, já ofertou mais de quatro mil mamografias e mil exames preventivos de colo de útero em 2023. Os exames são realizados na unidade móvel da Saúde da Mulher, que está estacionada no pátio do hospital e oferta atendimentos durante todo o ano.

A estrutura da unidade móvel é totalmente voltada para o atendimento de mulheres que precisam passar pelo exame de mamografia ou do preventivo de colo de útero (Papanicolau).

“Esses mais de cinco mil atendimentos realizados na unidade móvel demonstram o comprometimento que o Governo do Estado tem com a saúde das mulheres. Não ofertamos atendimentos somente durante a campanha do Outubro Rosa, nossos atendimentos ocorrem durante o ano todo e quem ganha é a população”, declarou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

Madrinha das campanhas do Outubro Rosa em Mato Grosso, a primeira-dama Virginia Mendes destacou as ações contínuas realizadas pelo Governo do Estado por meio da SES.

“Em Mato Grosso, o Governo do Estado mobiliza campanhas todos os anos, além dos atendimentos que ocorrem durante todos os meses com mutirões e as ações realizadas nos municípios. Como mulher, primeira-dama do Estado e madrinha da Campanha Outubro Rosa 2023, me sinto ainda mais responsável em fazer um alerta a todas as mulheres para que busquem atendimento”, disse.

Para a diretora do Hospital Estadual Santa Casa, Patrícia Neves, o objetivo das equipes envolvidas na ação é superar o número de atendimentos realizados no ano anterior.

“Entre janeiro e setembro de 2023, realizamos cerca de cinco mil exames em mulheres. Estamos praticamente ultrapassando a meta do ano anterior, que foi de seis mil atendimentos de janeiro a dezembro. Estamos contentes não apenas com o desempenho da equipe, mas também com a adesão da população. O nosso Outubro Rosa é o ano inteiro”, ponderou a gestora.

A professora aposentada de Rosário Oeste, Adinei Fátima de Oliveira, acredita que a unidade móvel de Saúde da Mulher facilita a prevenção ao câncer de mama e de colo de útero.

“Para nós, mulheres, isso é muito importante porque já evitamos de chegar ao ponto de não termos socorro, de deixar para a última hora. Tem mulheres que não vão [fazer o exame] por vergonha. Nós temos que cuidar de nós mesmas”, reforçou.

Já a agente de saúde de Comodoro, Neide Crementino, foi ao Hospital Estadual para uma consulta com cardiologista e aproveitou para também passar pelos exames preventivos.

“Quando eu venho já aproveito para fazer as duas coisas. Todos os meus acompanhamentos são feitos aqui, com cardiologista, mastologista, ginecologista. É importante fazer todos os exames que o doutor pede, para termos uma qualidade de vida melhor. Precisamos nos prevenir”, disse.

Os atendimentos da unidade móvel de Saúde da Mulher ocorrem via Sistema Único de Saúde (SUS) e seguem a ordem de espera do Sistema de Regulação. As consultas e os exames são realizados de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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