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MATO GROSSO

Hospital Estadual Santa Casa realizou 709 cirurgias no mês de julho; 25% pediátricas

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O Hospital Estadual Santa Casa, gerido pela Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES), realizou 709 procedimentos cirúrgicos em julho deste ano. As especialidades com maior número de operações foram a cirurgia geral (29%), pediátrica (25%) e de urologia (20%).

De acordo com o levantamento da unidade de saúde, das 709 operações, 217 procedimentos foram de urgência, enquanto 492 foram cirurgias eletivas, ou seja, procedimentos que foram agendados e regulados pelo Serviço Único de Saúde (SUS).

Conforme a diretora do Hospital Estadual Santa Casa, Patrícia Neves, julho foi o mês com o maior número de procedimentos cirúrgicos em 2024. Segundo ela, isso se deve aos mutirões realizados pela SES para redução das filas de cirurgias eletivas. Apenas no último final de semana do mês, por exemplo, foram 40 cirurgias realizadas em pacientes pediátricos.

A gestora também ressalta as forças-tarefas realizadas nas áreas de ortopedia, oncologia e otorrinolaringologia.

“De todos os hospitais regionais, a Santa Casa foi o que mais fez cirurgias em todas as especialidades, porque temos uma oferta maior de especialistas e mais centros cirúrgicos. Também fazemos cirurgias de pequeno porte, que podem ser transformadas em internações de 24 horas, o que aumenta a rotatividade de leitos”, explica.

Patrícia lembra ainda que os mutirões fazem parte do programa Fila Zero na Cirurgia, que busca diminuir a espera dos pacientes por procedimentos eletivos de média e alta complexidade em Mato Grosso. “A Santa Casa tem apresentado um excelente desempenho, sobretudo na execução das cirurgias eletivas. Desde 2019 como Hospital Estadual, essa unidade presta um grande serviço à população de Mato Grosso e atua como grande referência em pediatria para a todos os municípios do estado”, avaliou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

O governador Mauro Mendes apontou que o programa tem sido fundamental para proporcionar avanços na saúde em todo o Estado. “Esse programa, que tem pouco mais de um ano de existência, reforça o nosso compromisso em resgatar a saúde pública de Mato Grosso e diminuir a fila de espera daquelas pessoas que necessitam de uma cirurgia. Um exemplo disso é o Hospital Estadual Santa Casa, que somente no mês passado realizou mais de 700 operações. Nós também fechamos convênios com os hospitais da rede municipal para avançar com as cirurgias nos municípios e zerar a fila de espera, como aconteceu este ano em Torixoréu. Esse resultado mostra que estamos no caminho certo”, afirmou o governador.

De acordo com o levantamento, das 709 cirurgias realizadas em julho, 385 foram de pequena complexidade, 204 de média e 120 de alta complexidade.

Perfil

Pacientes com idades entre 36 e 60 anos foram a maioria dos que passaram por procedimentos cirúrgicos no mês de julho: foram 235 nessa faixa etária, o equivalente a 33,1% dos atendimentos. Pacientes com idades acima de 60 anos representaram 22,4% das cirurgias, o equivalente a 159 procedimentos.

Também foram realizados 115 procedimentos em crianças com idades entre 6 e 14 anos (16,2% do total de cirurgias); 84 em crianças de 2 a 5 anos (11,8%); 64 em adultos de 18 a 35 anos (9%); 43 em pacientes com menos de 2 anos de idade (6%) e 9 cirurgias em adolescentes de 15 a 17 anos (1,2%).

Os dados da Santa Casa também apontam que a maioria das cirurgias foi realizada em pacientes moradores de Cuiabá (206 procedimentos), seguida de Várzea Grande (76) e Pontes e Lacerda (24).

As operações mais demandadas no Hospital Estadual Santa Casa foram cirurgia geral (206), pediátrica (179), urologia (142), oncologia cirúrgica (69), otorrinolaringologia (37), vascular (45), ortopedia/traumatologia (4), neurocirurgia (7), odontologia (4) e neurologia (7).

Atualização cadastral

A diretora da unidade observa que o Hospital Santa Casa tem capacidade para aumentar o número de cirurgias realizadas e pontua que há dificuldade em localizar os pacientes que aguardam na fila das cirurgias eletivas. Para facilitar a localização, a gestora pede para que a população mantenha o cartão de saúde do SUS com endereço e telefone atualizados.

“É através dele que vamos encontrar esses pacientes que estão na fila das cirurgias. Muitas das vezes a pessoa é elegível para a cirurgia, mas não é localizada porque mudou de telefone ou endereço. Nós tentamos fazer uma busca ativa, mas ainda assim temos dificuldade”, observa.

Para fazer a atualização do cadastro do SUS, basta comparecer em uma unidade básica de saúde.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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