O Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, ameaçou os Estados Unidos após o posicionamento de um porta-aviões no leste do Mar Mediterrâneo em apoio a Israel -seu aliado – na guerra declarada contra o grupo extremista Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
“Nós somos mil vezes mais fortes do que antes”, disse Hashem Saifeddine, que é um dos dirigentes do grupo, nesta quarta-feira (18), diante de uma multidão que protestava contra o bombardeio a um hospital em Gaza na noite passada. Até então não se sabe ao certo de onde partiu o ataque, cuja autoria o Estado de Israel nega.
Saifeddine também disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (que está visitando Israel), o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e os “europeus maliciosos” devem se cuidar, pois “a resposta ao erro que vocês podem cometer com nossa resistência será retumbante”.
Referindo-se ao apoio militar ofertado pelos EUA a Israel, Saifeddine disse: “o que temos é a fé, e Deus é mais forte que vocês, todos seus navios de guerra, todas suas armas”.
A entrada do Hezbollah no conflito, atacando mais fortemente a região norte de Israel, é um dos fatores de risco para uma escalada de violência no conflito que já é um dos mais mortais da história na região.
Até agora, lideranças de Teerã têm feito declarações ambíguas. Enquanto negam ter participado dos ataques terroristas do Hamas que deram início à guerra, o Irã mantém seu apoio aos grupos extremistas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.