O tenente-coronel israelense Richard Hecht disse que o país está “levando mais tempo do que o esperado” para retomar a “postura defensiva e de segurança”. Desde o último sábado (7), Israel é alvo de ataques do grupo Hamas, que já deixaram ao menos 800 mortos em território israelense. Na Faixa de Gaza, onde Israel realizou ataques de retaliação, cerca de 500 pessoas foram mortas.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que o bloqueio do país vai ser reforçado para evitar que alimentos e combustíveis cheguem a Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
O principal porta-voz militar de Israel disse que as tropas restabeleceram o controle das comunidades invadidas, mas que os confrontos isolados continuam.
“Agora estamos realizando buscas em todas as comunidades e limpando a área”, disse o contra-almirante Daniel Hagari à agência de notícias Reuters .
Imagens de corpos de centenas de civis espalhados pelas ruas das cidades circulam pelas redes sociais. De acordo com Hagari, 300 mil reservistas já foram acionados em apenas dois dias de conflito.
“Nunca convocamos tantos reservistas em tal escala”, disse ele. “Vamos para a ofensiva.”
Conforme a Reuters , palestinos relataram ter recebido chamadas de agentes de segurança de Israel dizendo para que eles deixassem as áreas ao norte e leste de Gaza
A onda de ataques começou após integrantes do Hamas matarem a tiros dezenas de jovens que estavam em um festival de música ao ar livre no deserto. Na ocasião, foram relatados ao menos 260 mortos. O local foi avistado repleto de carros carbonizados e destruídos, que foram deixados para trás enquanto a população tentava fugir dos ataques.
A Força Aérea israelense disse ter lançado cerca de duas mil munições e mais de mil toneladas em bombas em Gaza, com o objetivo de atingir mais de oito mil alvos na cidade, nas últimas 20 horas.
Entre os alvos estão três lançadores de foguetes que apontavam em direção a Israel, uma mesquita onde o Hamas operava e 21 prédios que serviam aos militantes.
O Hamas afirmou que a contraofensiva equivale a crimes de “guerra e terrorismo”.
“Os ataques e bombardeamentos militares do inimigo sionista contra casas habitadas por mulheres e crianças, mesquitas e escolas em Gaza equivalem a crimes de guerra e terrorismo”, disse Izzat Reshiq, oficial do Hamas, em comunicado.
O Irã, principal aliado internacional do Hamas, parabenizou o grupo pela ofensiva, mas negou envolvimento nos ataques. As forças israelenses e o grupo libanês Hezbollah — apoiado pelo Irã — trocaram tiros de artilharia e foguetes.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.