A polícia de Israel e o serviço de segurança Shin Bet divulgaram nesta segunda-feira (23) um conjunto de vídeos do interrogatório que fizeram com seis terroristas do Hamas, detidos por suas participações no ataque ao país no dia 07 de outubro, que matou mais de 1400 pessoas, feriu 5431, sequestrou 222, entre elas bebês, crianças, mulheres e idosos, e deixou 121 pessoas desaparecidas. Os depoimentos tiveram suas partes mais relevantes selecionadas e foram divulgados por Israel através da rede social X (antigo Twitter).
De acordo com as falas dos terroristas, todos receberam ordens explícitas para matar e raptar civis, incluindo idosos, mulheres e crianças. Eles não receberam nenhuma indicação para distinguir militares ou civis. Um dos detidos ainda admite que utilizaram os moradores dessas regiões como escudos humanos. No entanto, enquanto faziam isso, os seus comandantes permaneciam em Gaza.
Muitos deles afirmaram que foram enganados pelo Hamas. Uma das promessas duvidosas feitas pelos comandantes foi a recompensa de um apartamento e dez mil dólares para cada israelense capturado. Os terroristas admitiram que o plano era controlar as cidades atacadas, por isso, depois do sequestro e da morte dos civis, eles deveriam continuar no local para manter a posição.
Durante os interrogatórios, os detidos contam suas ações ou de seus colegas durante a invasão. De acordo com um deles, ele foi repreendido por um dos líderes presentes durante o ataque por “desperdiçar balas em um cadáver” depois de atirar em uma mulher já caída no chão. Outro conta uma situação em que eles mataram um homem e utilizaram sua família como escudo humano.
Muitos deles descreveram cenas de sequestro que eles presenciaram. “Quando entrei na cidade, vi dois [militantes] numa moto. Eles levaram uma mulher com cerca de 60-65 anos [com eles] na moto”, conta um dos detidos. “Depois que Suleiman e Karem mataram aquela mulher da cidade… eles pegaram alguém, um homem com cerca de 40-45 anos… e o levaram”, afirma o mesmo terrorista. Quando questionado para onde os sequestradores levaram os civis, ele respondeu a mesma coisa para as duas situações: “Para Gaza”.
Além das ações mais diretas contra civis, eles também utilizavam fumaça para fazer com que saíssem de seus abrigos e assassinavam seus animais de estimação. Um dos detidos também admite ter queimado duas casas e utilizado explosivos em janelas.
Nos últimos momentos do interrogatório, os policiais perguntam para cada um dos terroristas se “o que fizeram é permitido, segundo o Islã?”. Todos responderam que “não”, um deles ainda admitiu que o Islã não permite o assassinato de mulheres e crianças.
Segundo André Lajst, presidente executivo da StandWithUs Brasil, esses relatos só comprovam as atrocidades cometidas pelo Hamas em Gaza. “Israel não quis essa guerra. Sua preocupação agora é acabar com o Hamas, para que atrocidades como estas jamais se repitam. Enquanto os terroristas detidos estão sendo questionados, Israel continua a ser bombardeado por foguetes do Hamas, da Jihad Islâmica e do Hezbollah”, ele conclui. “Sabemos que o Hamas, a Jihad Islâmica e o Hezbollah são movimentos muito difíceis de serem destruídos. Nós, da StandWithUs, fazemos o que podemos. Acreditamos que a educação sobre Israel e o Oriente Médio contribui para a paz”.
*Texto produzido pela StandWithUs Brasil , instituição educacional sobre Israel sem fins lucrativos, com sede em Los Angeles (EUA) e presente em Canadá, Israel, Reino Unido e Brasil.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.