O Hamas reafirmou, nesta segunda-feira (29), que a libertação dos reféns que mantém em seu poder exigiria a garantia do fim da ofensiva israelense em Gaza e a retirada de todas as forças de invasão. A posição foi reiterada depois que Israel realizou reunião com mediadores do Catar e do Egito.
“O sucesso da reunião de Paris depende da concordância da ocupação (Israel) em acabar com a agressão abrangente à Faixa de Gaza”, disse à Reuters Sami Abu Zuhri, autoridade graduada do Hamas.
Não ficou imediatamente claro se, com essa condição atendida, o Hamas libertaria todos ou alguns dos 132 reféns que, segundo Israel, permanecem em Gaza. O Hamas havia dito anteriormente que uma libertação total exigiria que Israel libertasse todos os milhares de palestinos mantidos por motivos de segurança em suas prisões.
Uma autoridade palestina, próxima às negociações de mediação, que pediu anonimato, disse que, para que o Hamas assine um acordo de acompanhamento da trégua de novembro, na qual libertou dezenas de reféns, quer que Israel concorde em encerrar a ofensiva e se retirar de Gaza — embora a implementação não seja necessariamente imediata.
O acordo teria que ser endossado pelo Catar, Egito e os Estados Unidos, afirmou a autoridade. Esses países enviaram delegados de alto escalão para discutir a crise dos reféns de Gaza com os altos funcionários da inteligência israelense nesse domingo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.