Em comunicado na manhã deste sábado (14), o Hamas disse “apreciar” os “esforços incansáveis da Rússia” e do presidente Vladimir Putin de tentar mediar o conflito entre o grupo radical islâmico e Israel e impedir as contraofensivas israelenses em Gaza.
“[Nós] apreciamos a posição do presidente russo Vladimir Putin em relação à agressão sionista em curso contra o nosso povo e a sua rejeição do cerco de Gaza, o corte de suprimentos de ajuda humanitária e o ataque a civis seguros lá”, afirmou o grupo.
O comunicado do Hamas foi divulgado após Putin pedir, na última quarta-feira (9), que ambos os lados do conflito “minimizassem ou reduzissem a zero” as mortes de civis nos ataques. Nessa sexta (13), o Ministério das Relações Exteriores em Moscou também fez apelos semelhantes.
A ofensiva no Oriente Médio começou após o Hamas realizar um ataque surpresa em Israel no último dia 7. Na ocasião, o grupo radical bombardeou o sul israelense com mais de 5 mil foguetes. Além do ataque aéreo, militantes do grupo se infiltraram em território israelense por água e terra, em uma incursão sem precedentes com homens armados no sul do país.
Depois disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao grupo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.