Tropas israelenses abriram fogo contra uma multidão de palestinos que aguardava a distribuição de ajuda humanitária na Cidade de Gaza, resultando na morte de seis pessoas e deixando dezenas feridas, conforme relatado pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, nesta quinta-feira (14).
O incidente ocorreu na noite de quarta-feira (13) na rotatória Kuwait, ao norte da cidade, onde os palestinos corriam para pegar suprimentos de ajuda humanitária. Segundo relatos das autoridades de saúde palestinas e testemunhas à agência de notícias Reuters, as tropas israelenses dispararam contra os palestinos quando eles se aproximaram do local.
Até o momento, o Exército de Israel não se pronunciou sobre as acusações.
Este não é o primeiro incidente desse tipo na Faixa de Gaza. Em fevereiro, mais de 100 palestinos foram mortos a tiros por forças israelenses durante uma situação semelhante, enquanto aguardavam a entrega de ajuda humanitária perto da Cidade de Gaza. Israel alegou que as mortes foram resultado de multidões que cercavam os caminhões de ajuda, causando tumulto.
Além disso, nesta mesma quinta-feira, um míssil israelense atingiu uma casa em Deir Al-Balah, região central de Gaza, matando nove pessoas, de acordo com médicos palestinos ouvidos pela Reuters. Os ataques aéreos e terrestres israelenses continuam em várias regiões do território palestino, incluindo Rafah, no sul, onde mais de um milhão de pessoas deslocadas estão abrigadas.
A situação em Gaza é cada vez mais preocupante, com a ONU alertando que cerca de 576.000 pessoas na região estão à beira da fome. A pressão internacional sobre Israel para permitir mais acesso ao território tem aumentado à medida que a guerra entra em seu sexto mês.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.