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Economia

Haddad minimiza críticas à reforma tributária: ‘Estou muito confiante’

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende reforma tributária
Reprodução/Diogo Zacarias – 30/03/2023

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende reforma tributária

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira (26) o substitutivo da reforma tributária, apresentado na última semana pelo relator do projeto na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Para o ministro, que se disse “muito confiante” da aprovação do texto, as críticas são “normais em uma negociação”.

Na visão de Haddad, a transição lenta proposta no texto para a reforma tributária faz com que as negociações sejam feitas pensando no longo prazo. “Isso não tem impacto agora. Os impactos da reforma tributária são muito diluídos no tempo. E isso é uma virtude da reforma tributária, que ao você diluir no tempo, ninguém está pensando no próprio umbigo, está todo mundo pensando no que é o melhor para o país. Então não se pode falar em concessão, tem que se falar em busca de um equilíbrio”, disse o ministro, em entrevista a jornalistas.

“Eu penso que nós estamos às vésperas de uma oportunidade que há muito tempo não se vê no Brasil”, acrescentou.

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Questionado sobre as críticas de supermercados sobre o texto não prever a isenção de impostos a alimentos da cesta básica , Haddad disse que posicionamentos como esse não normais.

“Isso é normal em uma negociação, ainda mais em reta final. Reta final de uma negociação complexa é todo mundo se manifestando, mas você tem um colegiado representativo do povo – Câmara e Senado – e você vai ter uma conclusão do processo. Eu estou muito confiante”, afirmou.

Haddad também minimizou a discussão acerca do valor pago pela União ao Fundo de Desenvolvimento Regional. De um lado, o governo propôs o valor de R$ 40 bilhões, que está previsto pelo substitutivo, mas os governadores querem R$ 75 bilhões .

Sobre o tema, o ministro disse que é necessário buscar um equilíbrio. “De novo, na reta final todo mundo vai se manifestar. Não adianta eu resolver o meu problema de curto prazo, que é aprovar a reforma, e quem tiver no meu lugar daqui a cinco anos não conseguir cumprir. Essa é a questão. Nós temos que fazer uma coisa que todo mundo, independente de onde esteja, consiga cumprir”, respondeu.

“Ninguém sabe o dia de amanhã. Amanhã o governador pode ser presidente da República, e ele tem que saber que ele vai ter que cumprir essa emenda constitucional”, acrescentou Haddad.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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