O chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, afirmou que as entregas de ajuda humanitária destinadas à Faixa de Gaza são “completamente inadequadas”, uma vez que a região passa por uma deterioração das condições.
Antes dos ataques terroristas promovidos pelo grupo extremista Hamas no dia 7 de outubro, cerca de 500 caminhões de ajuda humanitária outros bens entravam na Faixa de Gaza todos os dias.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, informou que 66 caminhões de ajuda humanitária conseguiram entrar em Gaza nas últimas 24h. O esperado é que consiga entrar cerca de 100 caminhões por dia.
Preocupações
O líder da ONU expressou algumas preocupações com a escalada militar na guerra, uma vez que Israel tem intensificado os ataques terrestres contra Gaza. Vale ressaltar que Israel também tem bombardeado o território palestino.
“Estou profundamente alarmado com a intensificação do conflito entre Israel e o Hamas e outros grupos armados palestinos em Gaza”, afirmou Guterres. “Com demasiadas vidas israelitas e palestinianas já perdidas, esta escalada apenas aumenta o imenso sofrimento dos civis.”
Nesta terça-feira, a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) emitiu um comunicado através do porta-voz da organização, James Elder, afirmando que Gaza se tornou “um cemitério para milhares de crianças”.
Segundo o porta-voz da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, Nebal Farsakh, a situação em Gaza e´”absolutamente horrível”. “Os hospitais já estão sobrecarregados e mal conseguem lidar com o número crescente de vítimas que enfrentam a cada hora”, disse o porta-voz à agência Al Jazeera.
““[Eles] estão trabalhando em plena capacidade. Isto ocorre ao mesmo tempo em que todos os hospitais estão literalmente em colapso devido à escassez [de] suprimentos médicos, bem como de medicamentos, e estão ficando sem combustível, o que é urgentemente necessário”, ele completa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.