O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, suavizou o discurso e afirmou neste sábado (9) que a Guiana e a empresa petrolífera ExxonMobil terão que “sentar e conversar” com o governo venezuelano sobre a região de Essequibo.
“De coração e alma, queremos paz e compreensão”, escreveu Maduro em uma publicação no Twitter. A fala vem após a Venezuela receber apoio popular para anexar Essequibo , região administrada pela Guiana e disputada há quase dois séculos pelos dois países.
“Optamos pelo diálogo direto com a Guiana, mas as suas autoridades revogaram o Acordo de Genebra e começaram a dividir o nosso mar, ameaçando construir uma base militar para o Comando Sul dos EUA. Não contaram com a nossa astúcia, o povo saiu em defesa da Guiana Esequiba. Não poderão ignorar a vontade soberana da Venezuela”, disse Maduro em outra publicação.
O Acordo de Genebra foi um documento assinado em 1966 no qual o Reino Unido, então colonizador da Guiana, reconheceu que a região de Essequibo estava em disputa com a Venezuela. O Acordo é usado pela Venezuela para considerar que a área ainda está sem definição. Já a Guiana considera um documento anterior, o Acordo de Paris de 1899, que concedia a área ao Reino Unido.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.