O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prumulgou, nesta sexta-feira (14), uma lei que altera as diretrizes relacionadas ao recrutamento militar para o exército do país, que está em guerra com a Ucrânia há mais de um ano.
A lei, aprovada nesta semana pelo Parlamento russo, cria um sistema digital para agilizar a convocação militar e autoriza o envio de mensagens eletrônicas para os civis selecionados. Até o momento, este processoe era realizado apenas pessoalmente.
A nova medida incide também na proibição de viagens internacionais das pessoas que forem convocadas para servir o país nos conflitos. Isso porque, no sistema anterior, muitos russos fugiam para o exterior quando tomavam conhecimento da convocação.
A lei pontua que os russos devem se apresentar às Forças Armadas em um prazo máximo de duas semanas após a notificação. Além disso, a pessoa que não se deslocarem até o exército ficarão impedidas de abrir um estabelecimento, de tirar carteira de motorista, de comprar imóveis ou até mesmo de pedir empréstimo bancário.
O texto da nova regulamentação também ressalta que será criado um banco de dados dos recrutados, que será alimentado por informações fornecidas por órgãos como o Ministério da Educação e do Interior, Receita Federal, Fundo Social e universidades.
Há o temor no país de que a atualização do sistema de recrutamento dê vazão a uma nova convocação em massa de civis para compor o time de militares russos que atualmente lutam na guerra contra os ucranianos.
Em setembro do ano passado, o presidente russo realizou o que foi chamada de “mobilização parcial” para reforçar a equipe de combates na guerra. Contudo, enquanto milhares de homens foram convocados, outros milhares deixaram a Rússia para não servir no conflito.