O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prumulgou, nesta sexta-feira (14), uma lei que altera as diretrizes relacionadas ao recrutamento militar para o exército do país, que está em guerra com a Ucrânia há mais de um ano.
A lei, aprovada nesta semana pelo Parlamento russo, cria um sistema digital para agilizar a convocação militar e autoriza o envio de mensagens eletrônicas para os civis selecionados. Até o momento, este processoe era realizado apenas pessoalmente.
A nova medida incide também na proibição de viagens internacionais das pessoas que forem convocadas para servir o país nos conflitos. Isso porque, no sistema anterior, muitos russos fugiam para o exterior quando tomavam conhecimento da convocação.
A lei pontua que os russos devem se apresentar às Forças Armadas em um prazo máximo de duas semanas após a notificação. Além disso, a pessoa que não se deslocarem até o exército ficarão impedidas de abrir um estabelecimento, de tirar carteira de motorista, de comprar imóveis ou até mesmo de pedir empréstimo bancário.
O texto da nova regulamentação também ressalta que será criado um banco de dados dos recrutados, que será alimentado por informações fornecidas por órgãos como o Ministério da Educação e do Interior, Receita Federal, Fundo Social e universidades.
Há o temor no país de que a atualização do sistema de recrutamento dê vazão a uma nova convocação em massa de civis para compor o time de militares russos que atualmente lutam na guerra contra os ucranianos.
Em setembro do ano passado, o presidente russo realizou o que foi chamada de “mobilização parcial” para reforçar a equipe de combates na guerra. Contudo, enquanto milhares de homens foram convocados, outros milhares deixaram a Rússia para não servir no conflito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.