Inicialmente, o Brasil havia recebido mais de 2,7 mil pedidos de brasileiros que queriam ser repatriados. “De repente, não sei se o problema em Tel Aviv diminuiu, porque muitos desistiram. Acho que alguns fizeram duplo registro. Sei que nós temos hoje um saldo de 150 [brasileiros aguardando repatriação], contando com esses 30 que nós desejamos muito que sejam liberados lá da Faixa de Gaza”, disse José Múcio.
Os brasileiros que ainda aguardam em Israel serão resgatados em uma aeronave da Força Aérea Brasileira que deve sair do Rio de Janeiro nos próximos dias em um voo direto para Tel Aviv, informou o comandante da Aeronáutica Marcelo Kanitz Damasceno, que também participou da entrevista.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, “todo o esquema está montado” para a retirada dos cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza e desejam retornar ao país.
Segundo ele, porém, não há qualquer perspectiva de quando a passagem de Rafah, entra Gaza e o Egito, será aberta para que sejam retirados os estrangeiros. Segundo Mauro, há cerca de 5 mil pessoas de outros países com a intenção de serem repatriadas.
Os brasileiros estão divididos em dois grupos e estão próximos da fronteira com o Egito. O avião VC-2, da Presidência da República, já aguarda no Cairo, capital do Egito, para fazer a repatriação.
“No momento que seja anunciada e confirmada a abertura da passagem, os brasileiros serão rapidamente transportados por veículos já contratados e alugados pela embaixada do Brasil em Ramallah para fazer esse transporte até o ponto de fronteira. E, depois, a embaixada no Cairo tem já também todo o esquema montado para o transporte”, disse Mauro. “Toda a parte de infraestrutura está decidida”, completou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.