O presidente do Brasil , Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conversou por telefone nesta quinta-feira (2) com o presidente da Ucrânia , Volodymyr Zelensky . O chefe do Executivo federal brasileiro reafirmou que seu compromisso é fazer com que os ucranianos e russos negociem para estabelecer a paz.
“Tive uma reunião por vídeo agora com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém”, escreveu o petista no seu perfil no Twitter.
Desde que assumiu a presidência, Lula tem feito críticas a Rússia, a Ucrânia e a países que fazem parte da OTAN. Na avaliação dele, os russos erraram ao invadir a terra ucraniana, mas desaprovou que outras nações enviem armas aos ucranianos e não articulem para encontrar uma solução para que o conflito chegue ao fim.
O Brasil declarou oficialmente que o governo de Vladimir Putin é o principal responsável pela guerra, mas deixou claro que não vai enviar armas em apoio aos ucranianos. Brasília sinalizou que seu papel será de mediar uma conversa entre os dois países para que o confronto tenha um ponto final.
Durante o bate-papo por videoconferência, Lula voltou a cobrar os países que fazem parte do G-20. Na avaliação dele, as maiores economias do mundo precisam se reunir e encontrar soluções para que o conflito no país do leste europeu tenha um ponto final.
No entanto, o governo ucraniano já avisou que não aceitará qualquer proposta de paz, segundo relatou o representante da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach. Uma das exigências de Kiev é que as tropas do Kremlin saíam do território ucraniano para que as negociações ocorram.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.