O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (1º), que o Brasil faz parte de um grupo de países que quer “se manter neutro” para negociar o fim do conflito entre Ucrânia e Rússia.
“Não acontecerá nada enquanto Ucrânia e Rússia não tomarem a decisão de que querem a paz. Portanto, o Brasil faz parte de um grupo de países que querem se manter neutros para construir a possibilidade do fim da guerra”, disse Lula, após encontro com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, no Palácio Itamaraty, em Brasília.
“Estamos tentando formular a oportunidade, quando convier aos dois presidentes, da Rússia e da Ucrânia, de colocar uma proposta de paz na mesa que tem que ser combinada com os dois”, destacou.
Lula reiterou a posição do Brasil de defesa da integridade territorial da Ucrânia e de condenação da invasão. O presidente finlandês disse que tem a mesma opinião sobre o conflito e que toda tentativa pela paz é muito valiosa.
Niinistö chegou nesta quarta-feira (31) ao Brasil e, além de Brasília, manterá agenda em São Paulo, nesta sexta-feira (2), com foco na promoção comercial e de investimentos. Segundo ele, há várias possibilidade de cooperação econômica entre Brasil e Finlândia, citando comunicação cibernética e economia circular.
Durante declaração à imprensa, Lula destacou que a cooperação em ciência, tecnologia e inovação é de particular relevância nessa agenda bilateral.
“A Rede de Inovação Brasil-Finlândia reúne pesquisadores e especialistas e fortalece vínculos entre a pesquisa básica e aplicada dos dois países. Maior colaboração em áreas como comunicações, segurança cibernética, tecnologia militar e transição ecológica certamente trará benefícios concretos. Queremos retomar o dinamismo do relacionamento, inclusive utilizando os cientistas brasileiros na Finlândia, em áreas como 5G e 6G e bioeconomia”, disse.
Lula citou ainda parcerias no setor de biocombustíveis, serviços aéreos e combate a mudanças climáticas. “Estou certo de que a delegação empresarial que acompanha o presidente Niinistö encontrará excelentes oportunidades de negócios e investimentos no Brasil”, disse. “Em 2022, alcançamos um intercâmbio comercial de US$ 1,8 bilhão. É possível ir ainda muito além disso”, acrescentou o presidente.
Brasil e Finlândia estabeleceram relações diplomáticas em 1929. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a agenda bilateral é “marcadamente positiva” e existe interesse mútuo em expandir a cooperação em áreas estratégicas. Após a visita da presidenta Dilma Rousseff à Finlândia, em 2015, o presidente Niinistö esteve no Rio de Janeiro, nas Olimpíadas de 2016.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.