A guerra na Ucrânia completa dois anos de duração neste sábado (24) e não tem previsão de acabar. Em algumas regiões do país, as forças ucranianas seguem em posição defensiva, com pouca munição e sendo obrigadas a recuar. O desempenho da Ucrânia depende de ajuda militar, financeira e política de países aliados do Ocidente.
“Tomei a decisão por uma operação militar”, anunciou Putin em uma mensagem televisionada, denunciando um suposto genocídio orquestrado pela Ucrânia contra a população de origem russa no Leste do país.
Pouco depois do anúncio, surgiram relatos de ataques a várias cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev, que amanheceram ao som de sirenes de alerta.
O ataque começou enquanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunia pela segunda vez na semana, com apelos dos países-membros para que Moscou não lançasse a ação. Vários países se apressaram em condenar a ação militar russa na Ucrânia, entre eles França, Portugal, Japão, Itália e Suécia. A China, à época, afirmou que estava acompanhando de perto a crise e aconselhou seus cidadãos na Ucrânia a permanecerem em casa.
O estimado é que ao menos 500 mil pessoas tenham morrido dos dois lados do conflito desde o início dos bombardeios. A guerra fez com que 14 milhões de ucranianos deixassem suas casas e 6,5 milhões de refugiados fossem buscar abrigo em países vizinhos, conforme a Organização Internacional para as Migrações.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.