A diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, disse nesta quarta-feira (8) não acreditar que a Rússia vai conseguir conquistar muitos territórios ucranianos ao longo deste ano. A afirmação foi feita durante audiência realizada no Senado norte-americano.
De acordo com ela, apesar do eminente tomada dos russos na cidade de Bakhmut nas próximas semanas, os militares de Moscou provavelmente não serão capazes de manter o alto nível de combate em outras regiões do país.
“[…] não prevemos que os militares russos se recuperem o suficiente este ano para obter grandes ganhos territoriais”, disse Haines. A autoridade também pontuou que o presidente Vladimir Putin deve prolongar a guerra, com pausas intermitentes, para garantir a imposição de interesses estratégicos da Rússia na Ucrânia.
Avril ressaltou ainda que após um ano de conflitos na região o presidente russo tem maior noção sobre as limitações do seu exército, e que os recentes pacotes de sanções impostos pelos Estados Unidos a Moscou e aliados deve minar ainda mais o poderio bélico da Rússia.
“Se a Rússia não iniciar uma mobilização obrigatória e coletar suprimentos militares, como munição de terceiros, será cada vez mais desafiador para eles sustentar até mesmo o nível atual de operações ofensivas”, enfatizou Haines.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.