Em entrevista para o portal Metrópoles feita nesta quarta-feira (11), o presidente da Ucrânia , Volodymyr Zelensky , voltou a criticar a postura do governo brasileiro diante da guerra no Leste Europeu . Segundo ele, o Brasil é “pró-Rússia”. Zelensky diz esperar um posicionamento mais enérgico de Lula, e não apenas uma “pacificação política”.
Zelensky afirmou que uma proposta de paz vinda do Brasil e China para o fim da guerra na Ucrânia é “destrutiva” e serve apenas como uma “declaração política”.
“Não nos perguntaram nada, e a Rússia aparece e diz que apoia a proposta do Brasil e da China. Nós não somos tolos. Para que serve esse teatro? Ou seja, vocês falaram com a Rússia sobre uma iniciativa, apresentaram esta iniciativa e disseram: ‘essa é a nossa proposta’. Bem, definitivamente não se trata de justiça, não se trata de valores. Definitivamente é uma falta de respeito à Ucrânia. Não somos tolos”, pontuou Zelensky.
Contato com Lula
O presidente ucraniano afirmou ter tido “uma boa conversa com o presidente Lula e achei que ele me entendia. Fiquei grato por conhecê-lo, e eu fui muito aberto, absolutamente aberto. Achei que veria em sua experiência uma compreensão do que está acontecendo, e não apenas uma pacificação política.”
De acordo com Volodymyr Zelensky, os esforços brasileiros de tentar encontrar uma solução pacífica para a guerra são inúteis, já que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não dá sinais de que pretende dar um fim ao conflito.
Em trecho final da entrevista para o Metrópoles, o líder ucraniano disse que entrou em contato com o Brasil e a China. “Eu disse a Lula e ao lado chinês: ‘vamos sentar juntos, vamos conversar’. Vocês não são nossos inimigos. Por que você de repente decidiu que deveria ficar ao lado da Rússia? Ou estar em algum lugar no meio? Qual é esse ponto de vista? No meio do quê? Não estamos lutando no meio. Não estamos lutando na fronteira. Estamos lutando nas nossas terras. Devemos parar os russos”, afirmou.
A crítica de Zelensky contra Lula se soma a outros episódios de rusgas diplomáticas entre Kiev e Brasília. Desde o início do governo Lula, o Brasil tem mantido postura de neutralidade em relação à guerra.
Conflito de ideias
O presidente brasileiro defende que negociações de paz envolvam os dois países em conflito. Já a Ucrânia enxerga a neutralidade do governo brasileiro como cumplicidade com as ações da Rússia, que invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro de 2022.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.