O representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a Palestina, Dominic Allen, afirmou neste domingo (15) que há 50 mil mulheres grávidas que vivem na Faixa de Gaza e o sistema de saúde da região está em colapso.
De acordo com Allen, a saúde já estava crítica antes do ataque do grupo extremista Hamas em Israel no dia 7 de outubro, mas tudo piorou com os bombardeios.
“[Gaza] Está sob ataque, à beira do colapso, e estas mulheres grávidas que nos preocupam seriamente não têm para onde ir. Elas estão enfrentando desafios impensáveis”, disse o representante à CNN.
“Imagine passar por esse processo nessas fases finais e no último trimestre antes do parto, com possíveis complicações, sem roupas, sem higiene, sem apoio, e sem ter certeza do que o dia seguinte, a próxima hora, o próximo minuto trará para si e para seu filho ainda não nascido”, completou Dominic, ressaltando que 5 mil das 50 mil mulheres estão prestes a parir.
Allen defende a criação de um corredor humanitário e pede ainda que itens básicos de saúde possam chegar em Gaza.
“A ajuda humanitária e o fornecimento [de itens básicos] a Gaza devem poder passar. Precisa ser aberto um corredor humanitário, e o direito humanitário ser respeitado. As mulheres grávidas devem, portanto, ter acesso a esses serviços de saúde que salvam vidas”, disse o representante da UNFPA.
Desde o dia 9 de outubro, Israel declarou sítio total da Faixa de Gaza após os ataques do grupo Hamas em território israelense. Desde então a região está escassa de água, alimentos e energia.
O número de mortos na guerra entre Israel e o grupo palestino armado Hamas já passa dos 3.600 neste domingo (15). Ao todo, são 1.300 israelenses mortos, segundo o exército de Israel, e 2.329 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Os feridos somam pelo menos 13 mil pessoas desde o início do conflito, sendo 3.400 israelenses e cerca de 9.714 em Gaza.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.