O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, divulgou um vídeo fazendo o primeiro discurso desde que liderou a tentativa de rebelião contra a Rússia no final de junho. As imagens indicam que ele e seus combatentes estariam em algum país da África.
A gravação foi publicada em canais do Telegram e reproduzidas nas redes sociais. No vídeo, Prigozhin aparece vestindo um uniforme militar camuflado e segurando um rifle em uma região deserta, mas não indica o local exato em que ele está.
“Trabalho. A temperatura está acima de 50 graus. Assim como nós gostamos. Estamos conduzindo atividades de pesquisa e reconhecimento, para tornar a Rússia ainda maior em todos os continentes, e a África ainda mais livre. Justiça e felicidade para os povos africanos”, disse o líder do grupo de mercenários, conforme a agência Ansa .
“O grupo segue desenvolvendo as atividades determinadas e que prometemos cumprir bem. Se precisarem de estabilidade e segurança, nos contatem”, afirmou, dirigindo-se aos países africanos.
Na ocasião, o chefe do grupo disse que o Wagner está cumprindo com todas as suas obrigações no continente e que quer aprofundar ainda mais as relações com os países africanos.
Nenhum dos membros do grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Na ocasião, também foi acordado que Prigozhin se exilasse em Belarus, país aliado de Moscou, e deixar o front na Ucrânia e em São Petersburgo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.