A Procuradoria Geral da Rússia declarou que o Greenpeace é uma “organização indesejável” nesta sexta-feira (19).
Os russos acusaram a ONG ambientalista de, entre outros pontos, tentar interferir em assuntos internos e de propaganda contra o país. Por isso, ela representa “uma ameaça à ordem e à segurança da Federação Russa”.
A decisão ainda diz que o Greenpeace tem atividades que “criam obstáculos para a realização de programas do Estado russo”, especialmente, no setor de infraestrutura e energia, e que, desde o início da “operação militar na Ucrânia, os ativistas estão empenhados em uma propaganda anti-Rússia pedindo um isolamento do país e o reforço das sanções”.
Os procuradores já enviaram o parecer para o Ministério da Justiça para que o Greenpeace seja inserido na lista das organizações estrangeiras que têm atividades indesejáveis na Federação Russa.
Em nota, a ONG afirmou que a decisão é “absurda, irresponsável e destrutiva” e que vai “privar a Rússia de um dos maiores especialistas no combate aos problemas ambientais”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.