O Grande Rio terá sistemas para coletar esgoto lançado irregularmente em redes de águas pluviais. Os Sistemas de Coletores de Tempo Seco (CTS) terão como objetivo evitar que a água poluída chegue à Baía de Guanabara e ao complexo lagunar de Jacarepaguá, na zona oeste da capital.
Esse tipo de sistema funciona quando não está chovendo, ou seja, em período em que não há fluxo de água das chuvas nas redes pluviais.
Os sistemas coletarão o esgoto antes que este chegue na baía e nas lagoas cariocas e o encaminharão para tratamento. A licença para início das obras, que devem começar em até dois meses, foi assinada nesta terça-feira (4) pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
As obras ficarão a cargo das concessionárias de distribuição de água e coleta de esgoto que atendem a região. A Águas do Rio implantará 47 quilômetros de grandes coletores, estações de bombeamento e outras estruturas.
Com isso, busca-se evitar o despejo diário de 400 milhões de litros de esgoto na Baía de Guanabara. “Serão investidos no projeto R$ 2,7 bilhões e [isso] vai dar uma recuperação considerável à Baía de Guanabara assim que ele estiver executado”, afirma o presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini. Segundo Bianchini, até 2033, serão investidos R$ 10 bilhões para a conclusão do projeto.
Na área do complexo lagunar de Jacarepauá, a Iguá Saneamentos deverá investir R$ 126 milhões na primeira etapa do projeto, que envolverá a instalação de 21 pontos de captação no Canal das Taxas e no Arroio Fundo, com capacidade para captar 300 litros de esgoto por segundo.
“A assinatura das duas licenças é fundamental para alcançarmos o Estado do Rio de Janeiro que queremos: com qualidade de vida para a população, respeito aos patrimônios ambientais e cooperação entre as instituições com os mesmos ideais que os nossos”, afirmou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, em nota à imprensa.