O governo federal deve lançar no dia 25 de maio um pacote de medidas para incentivar a indústria automotiva e baratear os carros populares, fazendo com que seu preço varie numa faixa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, segundo o jornal Folha de São Paulo.
A data marca o “Dia da Indústria”, portanto, além de medidas para o setor automotivo, toda a indústria nacional deve se beneficiar. Entre as iniciativas, estão linhas de crédito para o setor fabril, reduções tributárias, aumento do índice de nacionalização de bens manufaturados e um programa de financiamento para veículos.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta segunda-feira (15) que o conjunto de medidas vão ser “boas notícias para a indústria”. Ele discursou no Fórum Paulista de Desenvolvimento, realizado em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Alckmin disse ainda que além das medidas específicas, o país precisa avançar também nas macroestruturais, como a reforma tributária e o novo marco fiscal, de modo a enfrentar a elevada carga de impostos carregada pela indústria e o alto custo de capital. “Precisamos agir nas causas do baixo crescimento”, afirmou.
O que será anunciado
Modelos compactos com motor 1.0 devem cair de preço para uma faixa de até R$ 60 mil. Entre eles, o Renault Kwid na versão Zen, que custa R$ 69 mil e é produzido em São José dos Pinhais (PR), e deve ser o primeiro alvo do programa.
Alckmin e representantes da montadora se reuniram na semana passada para debater os parâmetros das mudanças.
Em 2017, o modelo mais simples do Kwid saia a R$ 30 mil valor que, corrigido com base no IPCA, equivale a aproximadamente R$ 41 mil hoje.
Para marcas que não possuem modelos de baixo custo, o governo deve investir na criação de maneiras para baratear os carros já existentes, por meio de mudanças na tributação. Mas, para ter acesso aos benefícios tributários, o carro precisa sair da fábrica vendido a R$ 60 mil.
O pacote deve incluir estímulos à produção local de carros híbridos e elétricos, algo que interessa às montadoras e também ao governo.
No lado do consumidor, a ideia é abrir linhas de crédito tendo o FGTS como garantia. O dinheiro não seria usado para pagar as parcelas, mas, em caso de inadimplência, poderia ser tomado pelo banco.