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Agronegócio

Governo quer que 50% do biocombustível venham da agricultura familiar

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O governo federal vai nacionalizar as regras do Selo Biocombustível Social, visando assegurar que 50% das compras desse produto venham da agricultura familiar. Entre as mudanças, destaca-se a nacionalização da produção, especialmente nos estados das Regiões Norte e Nordeste, incluindo áreas do semiárido, como o Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais.

Entre as iniciativas para estimular a produção nacional, destaca-se a antecipação da mistura de biodiesel aos combustíveis fósseis para 14% a partir de abril, atingindo 15% entre 2025 e 2026, com a expectativa de alcançar 25% nos anos seguintes.

O aumento para 14% na mistura deve impulsionar o processamento de soja para a produção de biodiesel, com projeção de crescimento de 3,05 milhões de toneladas, beneficiando diretamente pequenos agricultores. Incentivos fiscais para produtores de biocombustível também estão previstos.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o novo texto busca mais transparência e fortalece os requisitos para a concessão e manutenção do selo pelos produtores de biocombustível. A medida pretende aproveitar as vocações das agriculturas locais, melhorando a renda e a qualidade de vida dos agricultores familiares em regiões vulneráveis.

Além da reestruturação do Selo Biocombustível Social, o decreto possibilitará investimentos no agronegócio e no setor de combustíveis brasileiro, com projeções de R$ 740 milhões em 2024 e R$ 1,6 bilhão em 2025.

O governo também enfrentará o desafio de diversificar os produtos para a obtenção de biodiesel, considerando opções como sementes de mamona, milho, soja, girassol, cana, babaçu e macaúba, uma palmeira abundante no Nordeste.

O percentual de compras nas Regiões Norte, Nordeste e no Semiárido aumentará gradualmente até atingir 20% do total. Atualmente, o programa atende 54 mil famílias por ano, com a expectativa de ampliar para 70 mil famílias, principalmente nessas regiões.

O Selo Biocombustível Social é uma espécie de aliança entre agricultura familiar, cooperativas, empreendedores, economia solidária, governo e indústria nacional.

A iniciativa visa fortalecer a indústria nacional, reduzir a dependência de importações e impulsionar a agricultura familiar em regiões estratégicas.

O governo também estuda formas de reduzir o custo da energia para irrigação das lavouras, incluindo o uso de energia fotovoltaica para garantir modicidade tarifária.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e Brasil mantém liderança global

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A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/2025 está projetada para crescer 8%, consolidando a posição do país como líder global nas exportações do produto. As primeiras estimativas, divulgadas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indicam uma produção de 3,97 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2,14 milhões de hectares. Esses números são mais otimistas do que os divulgados anteriormente pela Conab, que previam uma produção de 3,68 milhões de toneladas.

Na safra 2023/2024, o Brasil registrou uma área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos por hectare. Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, seguido pela Bahia e Mato Grosso do Sul.

A oferta global de algodão, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente devido à redução das importações pela China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras e agora absorve apenas cerca de 20%. Isso desafia o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito.

No mercado interno, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, trazendo otimismo para o setor. De acordo com as associações de produtores estaduais, a área plantada com algodão no país deverá ser cerca de 7,4% maior em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Com uma produtividade projetada de 1859 quilos por hectare, a produção pode alcançar 3,97 milhões de toneladas, um crescimento aproximado de 8%.

Apesar do crescimento na produção, o setor enfrenta desafios significativos nas exportações. A crise econômica na Argentina, principal mercado para os produtos brasileiros, resultou em uma queda de 9,5% nas exportações de têxteis e confeccionados. Esse cenário exige que o setor busque novos mercados e estratégias para manter sua competitividade internacional.

A previsão de cortes de empregos no final do ano, devido à sazonalidade da produção, é uma preocupação adicional. No entanto, a geração de quase 25 mil novos empregos de janeiro a julho de 2024 demonstra a capacidade do setor de se adaptar e crescer, mesmo em um ambiente desafiador.

Fonte: Pensar Agro

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