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Política Nacional

Governo quer construir diálogo com povos que vivem na região amazônica

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Ministros reforçaram nesta sexta-feira (4) que o principal objetivo do Diálogos Amazônicos, realizado em Belém , é construir diálogo com povos que vivem na região para condução do desenvolvimento sustentável.  

De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, ao final do encontro, serão apresentados cinco relatórios. Macedo disse que “todas as organizações do povo que tenham preocupação ou interface com o desenvolvimento sustentável” terão voz. 

“Esses Diálogos Amazônicos vão produzir uma massa crítica importante para servir de arcabouço para transformação em políticas públicas dentro do Brasil e nos países da Amazônia”, disse em entrevista à imprensa. 

Além das plenárias oficiais, 405 atividades organizadas pela sociedade civil serão realizadas durante o Diálogos Amazônicos até domingo (6), evento prévio à Cúpula da Amazônia, que reunirá chefes de Estado dos países da região entre os dias 8 e 9 próximos. 

A presidenta Nacional do Grupo de Trabalho Amazônico, Sila Mesquita, espera que os debates se revertam em “políticas que possam de fato incidir na vida dos povos e comunidades amazônicos e da Pan-Amazônia [países que têm a floresta amazônica em seu território]”. 

Participam ainda do evento os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e Anielle Franco (Igualdade Racial).  

Bolsa Verde 

Em entrevista à imprensa, o ministro Wellington Dias explicou que as famílias que irão receber o Bolsa Verde poderão ter direito cumulativamente ao Bolsa Família.  

Mais cedo, governo anunciou a retomada do programa Bolsa Verde, que prevê pagamento de auxílio a famílias que vivem em áreas de reserva extrativista e comunidades tradicionais da Amazônia e ajudam na preservação da floresta e regeneração de áreas degradadas.

Dias afirmou que serão abertas, na primeira fase, 20 mil vagas do Bolsa Verde. “É um repasse de R$ 600 e se faz uma capacitação. O grande desafio é o que se pode produzir com respeito ao meio ambiente”.  

O repasse para as famílias será feito a cada três meses.  

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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