Com previsão de beneficiar mais de 30 bairros de Várzea Grande e resolver o problema de fornecimento de água no município, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Barra do Pari, no bairro Chapéu do Sol, foi inaugurada neste sábado (24.02).
A obra foi construída por meio de um convênio, no qual a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) repassou R$ 26,9 milhões para a Prefeitura de Várzea Grande realizar a obra.
O governador Mauro Mendes reafirmou o compromisso da gestão para solucionar o problema da falta de água na cidade. “Estamos construindo uma solução para um dos mais graves e históricos problemas de Várzea Grande. Fico feliz em testemunhar esse marco, que significa o passo quase definitivo para o fim da falta de água neste importante município de nosso Estado”, afirmou.
A ETA Barra do Pari foi construída na Estrada da Passagem da Conceição, com capacidade de tratar 250 litros de água por segundo. A estrutura tem uma adutora de água bruta, uma estação com três adutoras para água tratada e três reservatórios apoiados, com capacidade de armazenar 4,5 milhões de litros.
“Nós fizemos essa contribuição para dar dignidade para o povo de Várzea Grande. Essa obra vai beneficiar o povo que há décadas sofre com a falta de água”, pontuou o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira.
O governador lembrou ainda os investimentos realizados pelo Estado no município. “Construímos as condições para ajudar Várzea Grande, assim como ajudamos os demais 141 municípios. Colocamos aqui R$ 122 milhões em convênios. Hoje o Governo tem condições de ajudar e está ajudando muita gente”, destacou.
“Nosso maior compromisso é resolver o problema da água de Várzea Grande”, disse o prefeito Kalil Baracat. Ele ainda lembrou outros investimentos feitos pelo governo na cidade, como o MT Iluminado, e afirmou que até maio o município estará 100% iluminado com LED.
O senador Jayme Campos também destacou os investimentos realizados no município. “Temos alegria e contentamento de atender grande parcela da população com água tratada”. Já o deputado Júlio Campos parabenizou o governador Mauro Mendes e o prefeito Kalil Baracat “parceiros e idealizadores dessa obra”.
O deputado estadual Eduardo Botelho lembrou as parcerias realizadas também para asfalto, mas destacou a importância do fornecimento de água. “Eu sempre disse para o governador que nós precisamos resolver esse problema da falta de água. E o governador trabalhou para resolver”, disse.
Também presente no evento, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) elogiou a inauguração. “Fico feliz em ver uma grande conquista. Ninguém antes havia conseguido chegar em uma obra tão importante como essa. O TCE fica feliz em ver o recurso público investido nas necessidades mais básicas da sociedade. Assim é que se faz política pública”.
Também estiveram presentes no evento a senadora Margareth Buzetti, deputados federais Coronel Assis e Gisela Simona, deputado estadual Fábio Tardin e Paulo Araújo, secretários de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, de Assistência Social e Cidadania, Grasi Bugalho, de Ciência e Tecnologia, Allan Kardec, de Agricultura Familiar, Luluca Ribeiro, de Cultura, Esporte e Lazer, Jefferson Neves, desembargadora Maria Erotides e vereadores do município.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.