Neste domingo (17), o governo dos Estados Unidos emitiu um comunicado contundente criticando as eleições na Rússia, que resultaram na reeleição de Vladimir Putin como presidente russo até 2030.
A Casa Branca afirmou que a disputa eleitoral “obviamente não foi livre” e tampouco justa, destacando que Putin prendeu seus oponentes e impediu que outros concorressem contra ele, o que levanta sérias questões sobre a legitimidade do processo eleitoral russo.
Essa posição dos Estados Unidos reflete a visão internacional sobre a democrática das eleições na Rússia e as práticas políticas de Putin, que têm sido objeto de críticas e acusações de autoritarismo por parte de diversos países.
Putin, de 71 anos, foi reeleito para mais seis anos como presidente da Rússia, com uma vitória esmagadora de 87,97% dos votos. Os dados, divulgados pela pesquisa de boca de urna e pela comissão eleitoral central russa, revelam também que o comparecimento às urnas atingiu um recorde pós-soviético de 73,3%.
A reeleição não foi uma surpresa, dado seu alto índice de aprovação de 86%. No entanto, críticos e opositores têm acusado Putin de fraude eleitoral, censura e até mesmo de estar envolvido em assassinatos de líderes da oposição, como o caso de Alexei Navalni (1976-2024).
Além de Putin, outros candidatos participaram das eleições, como o comunista Nikolai Kharitonov, que obteve 4,7% dos votos, o liberal Vladislav Davankov, com 3,6%, e o ultranacionalista Leonid Sluski, com 2,5%.
A trajetória de Putin no poder começou em 9 de agosto de 1999, quando foi nomeado primeiro-ministro pelo então presidente Boris Ieltsin. No ano seguinte, Putin assumiu a presidência da Rússia, permanecendo no cargo até 2008, mas mantendo uma influência significativa no governo.
Ele retornou à presidência em 2012 e, se completar seu mandato até 2028, ultrapassará os 29 anos de ditadura soviética liderada por Josef Stálin (1878-1953), tornando-se o líder mais longevo da Rússia moderna.