O Governo de Mato Grosso investe R$ 78,3 milhões na obra de reforma e modernização dos oito Hospitais Regionais e Estaduais geridos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). Os investimentos ocorrem desde 2019 e melhorias avançam de acordo com a necessidade e disponibilidades dos espaços.
No interior do Estado, o Hospital Regional de Sorriso recebe um aporte financeiro de R$ 28,9 milhões. As melhorias na unidade beneficiam 35 municípios da região que têm o hospital como referência. No local, já foram concluídas as construções da recepção, do Pronto Atendimento (Emergência) e do setor de tomografia, além da reforma da UTI Adulto, do setor administrativo, lactário, da rouparia, cozinha, do refeitório e laboratório. Outros setores seguem em obras, como o ambulatório e a UTI neonatal. O trabalho deve avançar nos próximos meses para outros espaços da unidade de saúde.
Hospital Regional de Sorriso recebe um aporte financeiro de R$ 28,9 milhões
A paciente Eline Soares da Silva é testemunha das mudanças realizadas no Hospital Regional de Sorriso. Ela foi atendida no local antes da reforma e também depois das melhorias.
“Adorei a reforma e o novo ambiente tem mais privacidade e conforto para mães e acompanhantes. É tudo novinho e lindo para a chegada do nosso bebê, pois este é o momento mais importante para nós. Não se compara com o ambiente antigo, que era muito diferente do que vejo hoje”, relatou a paciente que teve o seu segundo filho na estrutura antiga e retornou ao local em novembro de 2023 para o parto do terceiro bebê.
Outra obra que tem deixado os pacientes satisfeitos é a do Hospital Regional de Colíder. A unidade recebe um investimento de R$ 27,8 milhões. No local, já foram realizadas a aquisição de móveis e equipamentos, a ampliação de 1,17 mil metros quadrados, a reforma de depósitos, cozinha, containers, lavanderia, guarita, casa de gás, portões e grades. O hospital é referência para cinco municípios da Região Norte mato-grossense, além da população indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Kayapó.
¿¿¿ Hospital de Colíder teve troca de móveis e equipamentos e ampliação de 1,17 mil metros quadrados
“Em 2015, quando estive aqui, era totalmente diferente. Hoje nós encontramos os quartos das enfermarias com camas e armários novos e uma cadeira confortável para descansar. As pessoas são bem-humoradas e os funcionários sempre perguntam se estamos bem. Eu, sinceramente, estou emocionada porque, nesse momento de doença, o que a gente precisa é de um atendimento assim e é difícil de encontrar. Estou muito feliz”, enfatiza a professora de Itaúba, Helen da Cruz, após ser atendida no Hospital Regional de Colíder.
Segue em andamento no hospital a reforma do pronto atendimento, refeitório e da farmácia. Ainda passarão por melhorias a Central de Material Esterilizado (CME), a cobertura geral do hospital, casa de energia, maternidade, setor de exame de imagem, entre outros setores.
A modernização da estrutura do Hospital Regional de Rondonópolis também proporcionou um atendimento de mais qualidade aos pacientes. Quem afirma isso é Vinicius de Santos Oliveira, que ficou 54 dias internado na unidade de saúde.
“Vim para cá com sintomas de AVC hemorrágico e fui atendido com agilidade até a descoberta do meu problema. Aqui fui bem recebido, bem tratado. Sou grato pelos profissionais que cuidaram de mim. A equipe está de parabéns porque um ambiente modernizado e com profissionais competentes resulta em pacientes atendidos com qualidade”, acredita Vinicius.
O Hospital Regional de Rondonópolis recebe o investimento de R$ 10 milhões em reforma e modernização. A unidade é referência para 19 municípios da região sul do estado.
Em Cáceres, o Hospital Regional recebe investimentos totalizados em R$ 9,5 milhões. O valor já possibilitou a reforma da cozinha, refeitório, troca de toda a cobertura por telhas termoacústicas e instalações de aparelhos de ar condicionado split. A obra deve progredir para a Central de Material Esterilizado, ampliação de leitos de UTI, melhorias na enfermaria de oncologia e reforma da fachada.
Hospital Regional de Sinop passa por diversas melhorias, como a construção de usina de oxigênio
Já na região norte, 14 municípios do estado têm o Hospital Regional de Sinop como referência para a média e alta complexidade em saúde. Os moradores dessas cidades acompanham de perto o andamento da obra no local, que está estimada em R$ 8,5 milhões e já ultrapassa os 90% de execução. Nos últimos quatro anos, a unidade passou por diversas melhorias, como a construção da usina de oxigênio e da caixa de gordura; a reforma da recepção; os reparos para funcionamento da Unidade Semi-intensiva (UCI) e UTI pediátrica. O trabalho deve avançar nos próximos meses para a antiga recepção e emergência da unidade; centro cirúrgico e UTI adulto do térreo.
Em Alta Floresta, a gestão aplicou R$ 5,7,2 milhões no Hospital Regional. O valor permitiu diversas modernizações, como reforma da UTI, cozinha, sala de acolhimento, ambulatório e banheiros. Para ampliar ainda mais o serviço da região, que abrange seis municípios, o Governo do Estado está construindo um novo Hospital Regional na cidade, que deve ser entregue a população a partir de 2024.
“Tivemos muitos desafios ao longo desses anos, sendo o principal deles a pandemia pela Covid-19, mas nós conseguimos enfrentar as dificuldades. Além de construirmos seis novos hospitais, trabalhamos pela transformação das unidades já existentes, para entregar uma rede hospitalar totalmente modernizada e fazer a população ter orgulho de viver em Mato Grosso”, disse o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
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Baixada Cuiabana
Os hospitais que atendem a Baixada Cuiabana e demais municípios que necessitam dos serviços também foram amplamente reformados. Entre eles, está o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, unidade que passou por uma reforma total em 2020 para a ampliação de 210 leitos hospitalares em 45 dias. Desde então, foram investidos R$ 24,2 milhões na estrutura.
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Em Cuiabá, o Hospital Estadual Santa Casa recebe um aporte financeiro de R$ 9 milhões, sendo R$ 3 milhões investidos na modernização entregue em 2019 – quando a SES passou a gerir a unidade até então filantrópica. Já em 2023, a Secretaria aplica R$ 7 milhões na reforma e modernização do Pronto Atendimento Infantil e também em readequações estruturais.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.