Trabalho em equipe, conscientização ambiental e valorização da agricultura familiar. Esses são alguns dos benefícios do projeto Hortas Escolares, que foi renovado pelo Governo de Mato Grosso com investimentos de R$ 3,2 milhões em 2023. Realizado por meio de uma parceria entre as Secretarias de Estado de Educação (Seduc-MT) e de Agricultura Familiar (Seaf-MT), o investimento irá impulsionar o projeto em 329 escolas do Estado.
Do total de investimentos, R$ 1,7 milhão foi subsidiado pela Seduc e R$ 1,5 milhão pela Seaf. O projeto Hortas Escolares, desenvolvido desde 2019, oferece experiências relevantes, unificando o processo de aprendizagem, o trabalho em equipe e os conhecimentos do campo, a exemplo da otimização do solo, e a valorização do papel importante da agricultura familiar.
Para o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, trata-se de uma parceria que gera resultados não apenas para a comunidade escolar, mas também para a sociedade como um todo. “O projeto é uma ferramenta pedagógica importante para consolidar e aprofundar a formação integral dos estudantes, ampliando habilidades e competências que favorecem a autonomia para exercerem a cidadania, a construção do projeto de vida e a qualificação para o mercado de trabalho”, destaca.
O secretário adjunto de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, Clovis Figueiredo Cardoso, avalia o programa como um dos principais realizados no Estado, pois proporciona aos estudantes um saber em relação à agricultura, principalmente a olericultura, que é o caso das hortas, aliado à conscientização ambiental. “Além disso, o contato com a natureza e com as plantas tem impactos positivos no aprendizado”, diz.
Valdite Heizen é coordenadora da Escola Estadual Especializada Raio de Sol, em Cuiabá, e também coordenadora da premiada horta da instituição de ensino, e confirma os benefícios do projeto. Ela explica que todos os espaços disponíveis, como canteiros e jardins, foram utilizados para plantio de verduras, legumes e flores. A horta foi adaptada, com acessibilidade, para que todos os alunos possam participar.
“No ano passado ganhamos o prêmio do projeto Hortas Escolares pelo nosso trabalho. Com o projeto, os alunos aprendem os cuidados com o meio ambiente, com as plantas, além de ser um momento de interação entre eles, os professores e toda a equipe da escola”, fala.
Carla Carvalho Magalhães é aluna da Raio de Sol e toda sexta-feira participa da aula na horta da escola. Ela conta que tem aprendido muito sobre as plantas ao molhar, cuidar e colher o que plantam. “Também aprendemos a vender o que a gente colhe na feirinha que fazemos para ajudar a horta”, ressalta.
Carol Ribeiro Silva, também aluna da Raio de Sol, diz que é muito divertido cuidar da horta e que o projeto também é bom para aprender a ajudar os outros. Já Juliana Cristina dos Santos, uma das primeiras alunas da escola, pontua que o projeto é muito legal porque os estudantes têm atividades importantes, como aprender a cuidar, colher e vender.
Na Escola Estadual Rafael Siqueira, em Chapada dos Guimarães, é época de colheita das verduras, que é feita com a participação dos estudantes. Felipe Almeida Santana, aluno do 7º ano, ressalta que o projeto também ajuda a multiplicar o conhecimento em casa, plantando ou ajudando quem precisa.
Para Sophia Nascimento, do 8º ano da Escola Rafael Siqueira, outro ponto positivo do projeto é incentivar uma melhor alimentação. “Ver como o alimento é produzido nos faz querer comer melhor. Nós passamos a entender como os alimentos são produzidos. Também aprendemos a trabalhar o coletivo, a organizar o que fazemos. É um projeto muito legal”, frisa.
A parceria para a realização do projeto faz parte do Edital Conjunto Nº019, que dispõe sobre a seleção de projetos para implantação ou manutenção de hortas nas escolas da Rede Estadual. Com o projeto, a Seduc e a Seaf promovem o desenvolvimento de práticas educativas que estão em consonância com os princípios pedagógicos contidos nas Diretrizes de Referência Curricular (DRC-MT) e do Projeto Político Pedagógico (PPP) das Unidades Escolares.
Segundo a coordenadora de Educação do Campo e Quilombola da Seduc, Monika Michelly Aparecida Nunes, dos projetos submetidos pelas unidades escolares e selecionados seguindo o edital, pelo menos uma destas categorias contempla horta medicinal, horta automatizada, horta agroecológica, sistema agroflorestal ou horta inovadora.
As forças de segurança de Mato Grosso impediram, neste sábado (09.11), uma invasão de terra em Barão de Melgaço. Essa já é a 44ª ação realizada desde 2023 para impedir ocupação de terras ilegais no Estado.
Conforme informações da Polícia Militar, um grupo de cerca de 30 pessoas quebrou o cadeado da porteira, arrebentou as cercas da fazenda e invadiu o local. Quando a polícia chegou eles já estavam levantando barracas de lona.
Os invasores foram detidos e levados para a delegacia de Santo Antônio do Leverger.
O secretário de Estado de Segurança Pública, César Roveri, lembra que Mato Grosso foi o primeiro Estado a declarar tolerância zero com as invasões de Terras.
“É uma determinação do governador Mauro Mendes, para impedir que os invasores se instalem em propriedades urbanas e rurais aqui no Estado, e assim foi feito. Logo que o boletim de ocorrência foi registrado, a polícia deu início ao atendimento e aplicação do programa tolerância zero à invasão de terras, da mesma forma como já foi feito nos 43 casos anteriores, desde março de 2023”, disse o secretário.
“As forças de segurança no Estado trabalham integradas para impedir as invasões, dando uma resposta rápida ao cidadão, e mantendo a ordem e a segurança pública”, ressaltou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes.
Tolerância Zero
Desde 2023, o Governo de Mato Grosso tem atuado com tolerância zero com as invasões de terras no Estado.
As forças de segurança do Estado atuam de forma integrada para impedir invasões ilegais. A atuação é realizada por agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Politec, unidades especializadas como Rotam e Força Tática, e também o Corpo de Bombeiros, quando necessário.
Monitoramento constante é realizado pela Secretaria Adjunta de Inteligência, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, bem como pela Polícia Judiciária Civil (PJC).
A Patrulha Rural, da Polícia Militar, também atua com apoio. Diariamente, os policiais realizam o monitoramento georreferenciado das propriedades rurais e visitam os moradores, buscando estabelecer um diálogo e promover maior proximidade com os cidadãos locais.