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MATO GROSSO

Governo de MT investe em projeto-piloto que garantirá produção e venda de gengibre e açafrão

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A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Seciteci), em parceria com o Instituto Brasil, está colocando em prática um projeto-piloto para a produção de gengibre e açafrão e construção de uma unidade de processamento dessas raízes, no Assentamento Capão das Antas, localizado em Nossa Senhora do Livramento. 

A iniciativa surgiu do resultado de uma pesquisa do Instituto Brasil que apontou produção insuficiente de gengibre e açafrão em Mato Grosso. O projeto elaborado pela instituição, que visa melhorar a renda das famílias, obteve apoio financeiro do Governo do Estado. 

O projeto teve início em setembro de 2023 e já está com 100% dos rizomas, raízes e sementes, adquiridos em Minas Gerais, plantados. 

O secretário de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Allan Kardec, afirmou que a iniciativa é fundamental tanto para a geração de renda das famílias locais quanto para a economia estadual. “O Governo do Estado não mede esforços para apoiar projetos que fomentem o desenvolvimento sustentável e a diversificação econômica em nosso estado”, disse. 

Recentemente, uma equipe da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) foi até o Assentamento Capão das Antas para conhecer o projeto e verificar a viabilidade de implantação de um sistema de irrigação na plantação de gengibre e açafrão no período de poucas chuvas. 

“Estamos investindo em tecnologias de irrigação eficientes para garantir a sustentabilidade e o aumento da produtividade agrícola em nossa região, com o projeto de irrigação. Desde 2019, já foram entregues 500 kits de sistema de irrigação desde 2019”, destacou o secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro. 
Foto: Arquivo pessoal 

A presidente do Instituto Brasil, Clair Velozo, explicou que as famílias do assentamento escolhido para fase piloto conta com o suporte de uma equipe de profissionais, composta por bioquímico, agrônomo e farmacólogo, para garantir a conformidade com as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo ela, a produção já está com a venda garantida para uma indústria. 

“Um compromisso de compra de toda a produção já foi estabelecido com uma indústria, além dos planos para venda de produtos in natura. As plantações estão em progresso, e a primeira colheita é esperada para o primeiro semestre de 2025”, explicou. 

A unidade de processamento, encarregada de lavar e transformar os produtos em pó e outras formas, está quase concluída. 

Atualmente, 35 famílias estão envolvidas, com a expectativa de que esse número aumente para 120.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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