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MATO GROSSO

Governo de MT dá ordem para início da construção de 15 pontes de concreto na MT-170

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A Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra) determinou o início da construção de 15 pontes de concreto nas MT-170/208/418, entre os municípios de Castanheira e Colniza, passando ainda por Juruena e Aripuanã. A ordem de serviço foi publicada nesta sexta-feira (01.03), no Diário Oficial do Estado.

No total, a Sinfra-MT licitou e vai construir 22 pontes de concreto na rodovia, que era a antiga BR-174, em um investimento de R$ 89,2 milhões. Dez das pontes construídas têm mais de 50 metros de extensão.

A ordem de serviço inclui o início das três maiores pontes do trecho: sobre o Rio Canamã, com 122,6 metros, sobre o Rio Vermelho, com 92 metros e sobre o Rio Tucanã, com 74. A previsão é que as pontes sejam construídas no prazo de um ano.

Com 271,6 km de extensão, a MT-170/208/418 foi federalizada em 2008 com a expectativa de ser asfaltada, mas as obras nunca foram realizadas. Por conta disso, a atual gestão do Governo de Mato Grosso solicitou que o trecho voltasse a ser de competência do Estado.

O processo foi concluído em julho de 2022 e, em menos de um ano, em abril de 2023, 176,6 km da rodovia começaram a ser asfaltados. No primeiro ano de obras, a Sinfra-MT concluiu 81 km de asfalto.

Outros dois lotes da rodovia, que correspondem a mais 95 km de asfalto, estão com edital de licitação publicado, com a apresentação de propostas marcada para os dias 20 e 22 de março. Somando as obras em andamento, os trechos que serão licitados e as pontes de concreto, o investimento do Estado na rodovia será superior a R$ 600 milhões.

“Essa obra vem resgatar a dignidade de uma região que ficou muito tempo esquecida. São municípios importantes que até hoje não tinham uma ligação asfáltica. As obras já estão em andamento e hoje a realidade da região é muito diferente daquela que era registrada todos os anos na época da chuva”, afirmou o secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira.

Juruena, Aripuanã, Colniza e ainda Cotriguaçu, os quatro municípios que serão diretamente beneficiados com uma ligação por via asfaltada, somam uma população de 71.606 habitantes, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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