O Governo de Mato Grosso concluiu o asfaltamento de 1.026 quilômetros de estradas em 2023. Com isso, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) chegou a 3.531,34 km de asfalto novo construído desde o início da atual gestão em 2019.
“É um programa robusto de infraestrutura e eu diria, seguramente, que é o maior entre todos os estados brasileiros hoje. É chão que está virando asfalto”, afirmou o governador Mauro Mendes, durante painel sobre o assunto em dezembro.
Em 2023, Mato Grosso concluiu o asfalto de 86,98 km da MT-130, entre Santiago do Norte e o Rio Ronuro, em Paranatinga. Isso significa um avanço neste importante corredor logístico para ligar o Sul e o Norte do Estado.
“Esse asfalto traz benefícios não só para Paranatinga, como para todos os municípios no entorno, desde o Vale do Araguaia até o Nortão”, destacou o prefeito de Paranatinga, Marquinhos do Dedé.
Outra obra aguardada pela população e finalizada em 2023 foram os 37,6 km da MT-240, ligando Santo Afonso até Tangará da Serra. Essa rodovia cria uma nova ligação na região médio norte, conectando vários municípios até o polo de Tangará.
“Muitos ex-prefeitos lutaram por essa MT-240, mas nada disso foi para frente antes do governador Mauro Mendes. Ele aceitou nosso pedido e realizou nosso sonho. Estamos felizes com o resultado que estamos vendo”, disse o prefeito de Santo Afonso, Luis Fernando Falcão.
As obras estão em todas as regiões. Foram finalizados 16 km da MT-240 em Água Boa. Na região norte foram entregues as Estradas do Barreiro e, em parceria com a prefeitura de Sinop, asfaltadas as estradas municipais Nanci e Angela.
O secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, explica que além dos 3.531 km asfaltados, há mais 1.393 km em execução e o objetivo é chegar em 2026 com 5.500 km de rodovias asfaltadas em Mato Grosso.
“É importante investir em asfalto porque todos os cidadãos têm direito de transitar em rodovias em boa qualidade, de realizar seus deslocamentos com tranquilidade. A boa infraestrutura muda a realidade e melhora a vida das pessoas, porque as estradas são importantes para todos”, afirmou o secretário.
Governo que não para
Entre as obras em andamento que vão ser entregues este ano estão a MT-110 entre Guiratinga e Alto Garças, que será importante para o desenvolvimento da região sudeste. Uma das mais aguardadas é a MT-140, que será um dos principais corredores logísticos do Estado, ligando Campo Verde a Sorriso.
“Estamos falando de um momento de progresso. Somos um estado e uma região de muita produção, mas com pouca opção para escoamento. Essa obra do Governo traz um novo momento para a logística de Mato Grosso, principalmente para o nosso setor forte, que é a agricultura”, destacou o prefeito de Nova Mutum, Leandro Félix.
Além disso, o Governo avança no asfalto da MT-170/208/418, a antiga BR-174. Mais de 80 km foram finalizados no primeiro ano de obra e a previsão é finalizar os quatro lotes contratados em 2024. Os outros dois lotes da rodovia estão com licitação aberta e terão obras no próximo ano, acabando com os atoleiros que por anos foram registrados pela imprensa.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.