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Agronegócio

Governo anuncia pacote de renegociação de dívidas e apoio a agricultores

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O governo federal prepara um pacote de medidas voltadas para pequenos e médios agricultores, com foco na renegociação de dívidas, acesso ao crédito rural e avanços na reforma agrária. As ações devem ser anunciadas ainda em dezembro e fazem parte de um programa chamado “Desenrola”, que busca aliviar a situação financeira dos produtores e reativar suas condições de produção.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o decreto que regula a renegociação e o perdão de parte das dívidas está pronto para assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve entrar em vigor até janeiro de 2025.

A intenção é evitar que agricultores percam acesso ao crédito devido a débitos acumulados, um problema recorrente em situações de colheitas insuficientes e dificuldades climáticas. “Queremos permitir que o agricultor volte a tomar crédito e regularize sua produção”, afirmou Teixeira.

RS – Na semana passada um pacote de medidas, voltado para os agricultores do Rio Grande do Sul, ofereceu condições especiais para regularizar dívidas de crédito rural e beneficiar pequenos e médios produtores que enfrentam dificuldades financeiras. A resolução inclui descontos substanciais para liquidação ou renegociação dos débitos.

A medida contempla 104 produtores e 222 operações de crédito, com limites definidos para descontos:

  • Até R$ 120 mil para dívidas de custeio (como insumos e defensivos);
  • Até R$ 120 mil para créditos de investimento (infraestrutura e aquisição de máquinas).

Os descontos serão aplicados de três formas:

  1. Totais: para dívidas dentro do limite permitido;
  2. Parciais: quando o desconto não cobre todo o saldo devedor;
  3. Renegociação sem desconto: para débitos que ultrapassem os limites estabelecidos, mas que ainda possam ser renegociados.

Os bancos serão responsáveis por calcular os valores exatos e aplicar os descontos no momento da renegociação ou liquidação. As instituições também deverão manter documentação por pelo menos cinco anos para garantir a fiscalização.

A renegociação das dívidas é vista como um alívio para os produtores, especialmente em um contexto de crise econômica e dificuldades climáticas. Com os débitos regularizados, espera-se que agricultores voltem a investir na produção, fortalecendo suas propriedades e retomando o crescimento econômico no setor.

Para aderir, os produtores devem procurar os bancos onde contrataram o crédito. A resolução já está em vigor, e as instituições estão autorizadas a iniciar os procedimentos.

O governo também anunciou metas para a reforma agrária até o fim do ano. Segundo Teixeira, cerca de 15 mil pessoas serão assentadas em novas áreas, enquanto outras 70 mil serão incluídas no programa de regularização fundiária. O avanço dependerá da aprovação de recursos no Orçamento pelo Congresso Nacional.

Com essas medidas, o governo aposta na recuperação econômica da agricultura familiar, setor essencial para a segurança alimentar do país e para o desenvolvimento rural.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Exportações do agronegócio brasileiro já somam R$ 915,78 bilhões

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De janeiro a novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram R$ 915,78 bilhões, representando 48,9% do total das exportações do país no período. Este foi o segundo melhor desempenho da história, apesar da queda de 5,2% nos preços internacionais, parcialmente compensada por um aumento de 5,2% no volume exportado.

Os setores que mais contribuíram para esse resultado foram o complexo soja (R$ 313,14 bilhões), carnes (R$ 143,58 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (R$ 109,62 bilhões), que juntos representaram mais de 60% do total exportado. O complexo soja, mesmo com uma redução de 18,7%, manteve sua relevância, enquanto carnes e açúcar registraram crescimentos expressivos, impulsionados por recordes de embarques e ampliação de mercados.

Entre os produtos de maior destaque está o café solúvel, com exportações que totalizaram R$ 4,75 bilhões. O óleo essencial de laranja também se destacou, com R$ 2,19 bilhões exportados no acumulado até novembro. Esses números reforçam a capacidade do agronegócio brasileiro de diversificar sua pauta de exportações, levando ao mundo produtos de alto valor agregado.

Em novembro, as exportações do setor somaram R$ 75,96 bilhões, correspondendo a 45,2% das exportações brasileiras no mês. Apesar de uma retração de 5,8% em relação a novembro de 2023, setores como carnes, café e produtos florestais registraram resultados positivos, amenizando as perdas em grãos.

O destaque foi o setor de carnes, que bateu recorde histórico para o mês, com exportações de R$ 14,7 bilhões (+30,2%). A carne bovina liderou com R$ 7,38 bilhões (+29,9%), seguida pela carne de frango (R$ 5,26 bilhões, +31,8%) e carne suína (R$ 1,73 bilhão, +30,8%). O crescimento foi impulsionado por maiores volumes exportados e preços mais altos.

As exportações de café também atingiram um recorde para novembro, somando R$ 8,82 bilhões (+84,4%), graças a um aumento de 21,8% no volume exportado e de 51,4% nos preços internacionais. União Europeia, Estados Unidos e México foram os principais destinos do café brasileiro.

Produtos florestais cresceram 29,1%, totalizando R$ 9,06 bilhões, puxados pela celulose, que gerou R$ 5,26 bilhões em receitas. Por outro lado, o complexo soja registrou queda de 50,3%, com exportações de R$ 11,16 bilhões, devido à quebra de safra e estoques reduzidos.

As importações de produtos agropecuários alcançaram R$ 9,24 bilhões em novembro, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período de 2023. Entre os principais itens estão trigo (R$ 612,96 milhões; +21,2%) e salmões (R$ 456,3 milhões; +14,1%).

Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais, destacou que os resultados refletem os avanços na diversificação de mercados e produtos. “Produtos menos tradicionais da pauta exportadora cresceram 7,2% em relação ao ano anterior. Com a boa safra esperada para 2025, novas aberturas de mercados e ações de promoção comercial, esperamos um avanço ainda maior nas exportações do agronegócio brasileiro”, afirmou.

O agronegócio continua demonstrando sua força e resiliência, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimentos e matérias-primas agrícolas, reafirmando seu papel estratégico na economia nacional.

Fonte: Pensar Agro

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