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MATO GROSSO

Governador sugere regras para evitar “desastre” com fuga de indústrias e quebra de comércios em MT

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O governador Mauro Mendes sugeriu regras mais “suaves” para as mudanças desenhadas na Reforma Tributária, de forma a evitar um cenário de “desastre” em Mato Grosso, com fuga de indústrias e fechamento de comércios não só no estado, mas em várias partes do país.

As sugestões foram feitas na manhã desta terça-feira (13.06), na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), durante reunião com o relator da matéria, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, e governadores e representantes dos estados do Centro-Oeste.

“Os números divulgados inicialmente mostram que existem, na proposta inicial, cinco estados super perdedores. Entre eles estão Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e o Espírito Santo. Então precisamos minimizar essas grandes perdas e trazer alguns ganhos positivos, mantendo a competitividade de alguns setores importantes das economias dos estados em desenvolvimento”, relatou.

Mauro Mendes explicou que, da forma como está sendo desenhada até o momento, a reforma tributária deve trazer uma perda de receita anual a Mato Grosso na ordem de R$ 7,8 bilhões, cerca de 30% de tudo o que o Governo do Estado arrecada.

Além disso, o texto também geraria a “fuga” das indústrias instaladas em Mato Grosso, já que a falta de incentivos tornaria mais viável a industrialização nas regiões Sul e Sudeste, que já são desenvolvidas, estão perto dos portos e possuem maior competitividade.

“Propusemos crédito presumido de 5% para as indústrias instaladas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. São regiões em processo de desenvolvimento e industrialização, em um esforço que o Brasil faz ao longo de 30 anos. Pedimos ao relator para incluir essa proposta no texto, de forma a combater essa desigualdade nesses estados e promover o desenvolvimento regional, que é garantido na Constituição”, afirmou.

Outra preocupação do governador é quanto aos pequenos e médios comerciantes de Mato Grosso e de todo o país, que pelo texto atual da reforma seriam ainda mais afetados e “engolidos” pelas grandes plataformas de comércio eletrônico.

A sugestão de Mauro Mendes para minimizar esse impacto é de aplicar o Simples Nacional apenas para a venda de produtos dentro dos próprios estados. Para operações interestaduais, a alíquota de ICMS será a que for definida no Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS)

“Existe uma distorção que poderá ser acentuada e inviabilizar milhares e milhares de pequenos e médios comércios em todo o Brasil, principalmente nestas regiões. Porque as grandes redes eletrônicas comercializam em nome de centenas de CNPJs que estão no Simples Nacional, o que causa uma distorção tributária, já que as empresas de pequeno e médio porte pagam o imposto cheio, e aí ficam sem condições de competir”, criticou.

A proposta do governador também sugere que a transição da cobrança do ICMS – que passará a ser feita no local de consumo – ocorra de forma mais “suave”, já que Mato Grosso é um estado que produz em larga escala, porém conta com pouca população e consumo – fato que irá reduzir drasticamente a arrecadação.

“É uma transição de 50 anos e gradativamente a cada ano você vai migrando essa tributação da origem para o destino, começando com 2% ao ano. Nossa proposta é começarmos, nos primeiros 10 anos, com uma migração mais lenta de 0,5%. E aí vai crescendo gradativamente até a migração completa em 50 anos, para que possamos ter tempo de nos adaptar e possamos encontrar alternativas para manter o desenvolvimento econômico e o emprego”, completou.

Também participaram da reunião: o deputado federal Fábio Garcia e o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Mato Grosso ocupa 4º lugar na promoção da educação étnico-racial nas escolas, segundo MEC

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Mato Grosso é, mais uma vez, destaque nacional na educação pública. O Estado ocupa o 4º lugar no ranking de Promoção da Equidade Racial na Educação com uma média de 65,9 pontos, muito acima da média brasileira de 48 pontos. Os dados foram divulgados no início desta semana, pelo Ministério da Educação (MEC), como parte da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq).

Na frente de Mato Grosso, aparecem os Estados de Rondônia (66.5 pontos), Distrito Federal (66,9) e Ceará (66,1).

Para a elaboração do ranking, o MEC formulou o índice Erer (Educação para as relações étnico-raciais), que avalia ações implementadas para a formação de professores, gestão escolar, material didático e financiamento para a educação étnico-racial das escolas das redes estaduais e municipais de ensino do país.

É a primeira vez em que um instrumento de análise dessas políticas educacionais é elaborado desde a criação da Lei nº 10.639/2003 (mais tarde alterada pela Lei nº 11.645/2008), que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.¿

Segundo o diagnóstico, 16 das 27 redes estaduais de ensino (59,3%) disseram levar em consideração o efeito do racismo no desempenho dos alunos ou formular políticas para combater as desigualdades na aprendizagem. Já entre os municípios, 58,6% disseram levar isso em conta.

Para o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, o resultado reflete as ações que valorizam a diversidade e combatem a discriminação como parte do Programa EducAção 10 Anos e da Política Antirracista desenvolvida em todas as 648 escolas da Rede Estadual, que incluem 05 unidades quilombolas e 70 indígenas.

“Fazemos uma abordagem da temática étnico-racial de forma transversal e contínua no currículo escolar ao longo de todo o ano letivo nas unidades escolares do estado”, disse.

Ações da Seduc

Em Mato Grosso, as ações de educação étnico-racial estão alinhadas à Política Antirracista e foram incorporadas aos Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) das escolas. Como apoio pedagógico, estão disponíveis em formato online o Caderno Pedagógico, as eletivas Ciências e Saberes Quilombolas Educação Escolar Quilombola e o Caderno Pedagógico: Educação Escolar Quilombola para os anos finais do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio.

Em 2024, a Seduc ofertou 340 horas em 15 cursos de formação a profissionais atuantes em todas as funções, sendo 03 deles em que a temática central foi equidade. Nos demais, o tema foi trabalhado de maneira indireta com focos similares ou complementares, atendendo mais de 25 mil servidores, o que representa 70% da rede.

Alan Porto destacou também que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vai lançar, na primeira semana de dezembro, a cartilha “Mato Grosso: Por uma Educação Antirracista”. O material será disponibilizado em formato online e marcará um momento estratégico para desassociar o tratamento dessa temática exclusivamente ao mês de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.

Outra ação nesse sentido, que está em andamento, é o curso de Formação para Docência e Gestão para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Quilombolas, através do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso e o MEC. Serão ofertadas 3.750 vagas gratuitas. As inscrições encerram-se no dia 15 de dezembro de 2024, e a aula inaugural será realizada no dia 05 de dezembro, com transmissão pelo YouTube.

Para o ano de 2025, a Seduc também planejou um cronograma de ações com encontros presenciais e virtuais para reforçar a importância de integrar essas temáticas às práticas pedagógicas de maneira contínua e efetiva.

“Com isso, a rede estadual de ensino reafirma o compromisso com uma educação mais inclusiva, plural e consciente, promovendo o letramento racial e valorizando as contribuições históricas e culturais dos povos afro-brasileiros, africanos e indígenas, conforme determina a legislação vigente. Uma realidade que começa na matrícula com a declaração de raça dos estudantes, garantindo informações completas e atualizadas”, conclui Alan Porto.

Fonte: Governo MT – MT

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