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MATO GROSSO

Governador: “Aplicamos 19,2% da arrecadação em MT e isso é atrativo para investimentos privados”

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O governador Mauro Mendes destacou o recorde de investimentos públicos realizados pelo Governo do Estado como um atrativo para que os investidores privados também empreendam em Mato Grosso.

Durante palestra no Lide Brazil Investment Forum, em Nova Iorque, nesta terça-feira (09.05), Mauro citou que, em 2022, do total da arrecadação, o Estado aplicou 19,2% em obras e ações voltados ao cidadão, em todas as áreas.

“No Estado de Mato Grosso, quando passei a gerir, há quatro anos, tivemos a oportunidade de implementar um duro ajuste fiscal. Tive retaliações. Mas o tempo passou, o resultado veio e a população compreende que esse é o caminho. Estamos investindo 19,2% da nossa receita correnta líquida. Ao longo dos últimos anos, estamos acima da casa de 15% e com certeza iremos manter esse pilar”, relatou em sua fala, que teve como tema os desafios das grandes reformas e a atratividade do Brasil para novos investimentos internacionais.

Para Mauro Mendes, a realização de investimentos públicos gera confiança do mercado e ajuda a construir um ambiente favorável ao empreendedorismo nacional e internacional.

“Se nós investimos em Infraestrutura, Segurança Pública, Educação, Saúde, e conseguimos dar retorno efetivo, isso atrai e estimula o investimento privado. Se você percebe que um estado, um país e uma nação fazem a sua parte, isso estimula o setor privado a também acreditar”, mencionou.

O governador defendeu a realização de mais investimentos públicos em todo o país para fomentar a atividade econômica, gerando mais desenvolvimento e emprego aos brasileiros.

“Nenhuma empresa pode se perpetuar e ter longevidade se ela não for capaz de fazer investimentos, de inovar, de construir novos mercados. E o estado brasileiro, na média, perdeu a sua capacidade de investir. O estado brasileiro hoje investe muito pouco. A falta de investimento público desanima o investimento privado. Quantas vezes padecemos com falta das infraestruturas? Quantas vezes somos penalizados nos diversos cantos e atividades econômicas por uma infraestrutura que não corresponde aos desafios que o Brasil tem?”, questionou.

As grandes potencialidades econômicas de Mato Grosso também foram citadas pelo governador ao grupo de investidores que participou do evento.

“Precisamos crescer e Mato Grosso tem a honra de liderar esse setor do agronegócio. Somos o maior PIB agrícola do Brasil. Mais de 40% do saldo da balança comercial veio das exportações e principalmente das exportações feitas em Mato Grosso. Temos muitas oportunidades de investimentos. Vamos continuar produzindo alimentos e fazendo aquilo que hoje está entre as grandes prioridades mundiais, que é a segurança alimentar e a segurança ambiental. Nesses dois quesitos, nós temos muito a contribuir. Mato Grosso é um grande produtor das principais commodities agrícolas e preserva 62% do território. Se existe no mundo bons exemplos de sustentabilidade, certamente Mato Grosso é um deles. E gostaria de convidar os senhores e senhoras investidores para conhecer o nosso Mato Grosso e fazer parte do seu presente e do seu futuro”, completou.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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