O diplomata e principal candidato da oposição de Nicolás Maduro na eleição venezuelana, Edmundo González Urrutia, votou na manhã deste domingo (28) em um centro eleitoral no bairro de Las Mercedes, em Caracas.
“Confiamos que as Forças Armadas farão com que a decisão do nosso povo seja respeitada”, disse González Urrutia ao chegar à seção eleitoral, vestido com uma camisa branca e calça jeans. “Estamos prontos para defender até o último voto que for dado hoje”, continuou.
Esta é a eleição mais desafiadora para o chavismo dos últimos 25 anos. Com uma oposição unida, há chances de uma mudança histórica no comando da Venezuela.
Após deixar seu voto, ele mandou um recado aos mais de 7 milhões de migrantes venezuelanos. “Não queremos que mais venezuelanos deixem o país. Aos que já saíram, digo que faremos tudo o que pudermos para garantir que voltem para cá e que os receberemos de braços abertos”, disse o candidato de 74 anos.
Antes de sair para a votação, Gonzáles Urrutia deixou um recado aos venezuelanos no X (antigo Twitter). “Hoje é o dia, hoje é o seu dia. Saiam e votem”, instou o candidato em um vídeo. “Participação maciça, todos (na rua) para votar”, escreveu ele mais tarde.
Quem é Edmundo Urrutia, que ameaça derrubar Maduro
Edmundo González Urrutia, candidato à presidência da Venezuela pela aliança opositora Plataforma Unitária, é o principal nome para derrotar Nicolás Maduro, no poder desde 2013, e encerrar o ciclo chavista que comanda o país há 25 anos.
Nascido em La Victoria, Aragua, em 29 de agosto de 1949, Urrutia possui uma vasta carreira diplomática, tendo servido como embaixador na Argélia e na Argentina, além de ocupar diversas outras posições diplomáticas e políticas.
Ele é casado com Mercedes López de Gonzáles, com quem tem quatro filhos e netos. Admirador de literatura, beisebol, churrasco e pássaros, Urrutia foi escolhido como candidato da oposição após a inabilitação de María Corina Machado e a impossibilidade de registro da candidatura de Corina Yoris.
A Plataforma Unitária conta com o apoio de 11 partidos de centro-esquerda e centro-direita.
Conhecido por seu perfil diplomático, Urrutia prefere discursos escritos e costuma direcionar entrevistas para María Corina Machado, mais apta em improvisações. Recentemente, ele admitiu que aceitou concorrer à presidência para “contribuir para democracia”.
Venezuelanos vão às urnas eleger novo presidente
Cerca de 21 milhões de venezuelanos vão hoje (28) às urnas eleger o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.
Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.
As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.