A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (SC), reagiu às críticas do jornal O Globo sobre o posicionamento do partido em relação às eleições na Venezuela. O impresso questionou a deliberação da sigla do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de reconhecer a vitória, sem que as atas eleitorais tivessem sido divulgadas.
Contudo, pelas redes sociais, Hoffmann afirmou que “quem tem histórico de apoiar e sustentar golpes, aqui mesmo no Brasil, é o jornal O Globo, jamais o PT”, registrou.
A deputada federal ainda lembrou episódios como o golpe do parlamentarismo contra o presidente João Goulart em 1961, o apoio à ditadura militar de 1964 e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.
“O PT é um partido democrático na essência e defende o respeito à soberania dos povos e países”, afirmou Hoffmann, criticando o que chamou de “entreguismo e subserviência do Globo a interesses estrangeiros”.
Reação
A reação da esquerdista ocorreu após a publicação de uma nota oficial do PT defendendo o resultado das eleições na Venezuela, que reelegeu Nicolás Maduro como presidente, o que gerou questionamentos da imprensa.
A nota, divulgada na segunda-feira (29), elogiou o processo eleitoral como “pacífico e democrático” e destacou a importância de respeitar a soberania venezuelana. A sigla manifestou confiança na atuação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que é comparado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil.
“Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolás Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela.”, afirmou a Executiva Nacional do PT.
Além disso, o PT destacou a necessidade de diálogo contínuo entre Maduro e a oposição para enfrentar os desafios do país, muitos dos quais são exacerbados por sanções internacionais consideradas ilegais pelo partido. “Importante que o presidente Nicolás Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais.”, acrescentou a nota.
Por fim, o PT reafirmou seu compromisso com a resolução pacífica dos problemas na América Latina e no Caribe, sem interferências externas. “O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa.”, concluiu a Executiva Nacional do partido.
Veja:
Quem tem histórico de apoiar e sustentar golpes, aqui mesmo no Brasil, é o jornal @JornalOGlobo , jamais o PT. Foi assim no golpe do parlamentarismo contra o presidente João Goulart em 1961. Foi assim em 1964 e ao longo de vinte anos de ditadura, incluindo o AI-5. Foi assim no…
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.