Se você mora ou está de passagem por Brasília e é fã de histórias em quadrinhos, uma boa opção é se aventurar na gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo . Batizada com o nome do jornalista e ativista cultural TT Catalão, ela é considerada a terceira maior do País e um verdadeiro paraíso para os amantes da nona arte, abrigando mais de 14 mil exemplares que vão desde as coleções Marvel e DC até mangás e obras internacionais para todas as faixas etárias.
O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 80 mil para renovar o espaço. “A Secec [Secretaria de Cultura e Economia Criativa] tem trabalhado de forma incansável para garantir que espaços como a gibiteca do nosso Espaço Renato Russo sejam uma referência em se tratando de cultura, educação, lazer e entretenimento” , ressalta o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes.
E se engana quem acha que o espaço se resume apenas a uma vasta coleção. A gibiteca é também um ponto de encontro para crianças e adolescentes durante as férias no Quadradinho. É no Espaço Kids que a imaginação do estudante Alexandre Brandão, de 12 anos, ganha cor e voa solta entre as páginas em preto e branco dos livros de anime. “Eu gosto bastante de visitar espaços como esse. É bom porque eu acabo tendo um consumo consciente; já que não posso comprar todos os livros que quero, aproveito a gibiteca para ler e conhecer histórias” , relata.
Mãe de Alexandre, Andrea Brandão, de 42 anos, é mineira e sempre gostou de gibis quando criança. Andrea conta que ela, o marido e o filho estão de férias em Brasília e que ficaram sabendo, durante a viagem, da existência da gibiteca. “A gente sempre incentivou o Alexandre a ler desde pequeno, e ele sempre teve muita curiosidade com quadrinhos. Agora ele está na fase de anime, e o trouxemos para conhecer. Eu acho que é muito interessante ter esse tipo de espaço, porque hoje em dia, as crianças, se a gente deixar, ficam só no telefone, no computador” , afirma.
Na mesma linha, Thelma Mendes, 42 anos, define o espaço como um “escape das telas”, sobretudo em um momento geracional cada vez mais conectado. Moradora do DF há um ano, ela conheceu a gibiteca recentemente. Ela levou os dois filhos, Flora, 8, e Eduardo, 10, para conhecer o local. “Gibi fez parte da infância de toda a minha geração e de outras gerações também. As crianças gostam muito de gibi. Quando soube da gibiteca, achei ótimo para passear com meus filhos. Tenho procurado eventos e espaços para a gente conhecer e curtir mais a cidade” , diz.
Também fã de mangá e anime, o estudante Eduardo Mendes avalia que, apesar de ser a primeira vez visitando a gibiteca, o espaço já ocupa o topo no ranking de melhores ambientes de leituras. “Já fui a várias gibitecas, mas aqui é a melhor. Vou voltar para ler mais mangás” , conta.
Legado cultural O nome TT Catalão é uma homenagem a Vanderlei dos Santos Catalão, jornalista, poeta e ativista cultural que fundou o espaço , conforme explica Felipe de Jesus Silva, bibliotecário e um dos coordenadores da gibiteca. Falecido em 2020, ele deixou sua coleção pessoal de quadrinhos como legado para a gibiteca, garantindo que sua paixão pelas HQs vivesse para sempre.
“TT Catalão foi um dos grandes incentivadores desse espaço. Ele era um frequentador assíduo daqui. Graças a isso, temos um catálogo maravilhoso. É bacana ver que tudo começou de uma forma bastante despretensiosa e hoje estamos entre as três maiores gibitecas do Brasil” , observa Felipe.
Recentemente renovada, a gibiteca conta com 20 quadros pintados pelo ilustrador e quadrinista pernambucano Jô Oliveira, uma referência no mundo dos quadrinhos brasileiros. Na entrada do espaço, também há um mural assinado por Raimundo Lima Neto, ilustrador, quadrinista, doutor em comunicação social e professor universitário, que testemunha a importância da gibiteca como ponto de encontro dos aficionados por HQ.
Além de ser um local para mergulhar em mundos fantásticos, a gibiteca permite que seus visitantes levem suas aventuras para casa. Os exemplares podem ser emprestados por até sete dias, mediante cadastro, garantindo que a diversão não acabe quando a visita termina.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.