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MATO GROSSO

Gestão de pessoas e de processos é tema de capacitação para novos magistrados

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Nesta terça-feira (22 de agosto), os 25 novos juízes e juízas substitutos(as) do Poder Judiciário de Mato Grosso participaram de mais uma aula do Curso Oficial de Formação Inicial (Cofi), dessa vez sobre gestão de pessoas e gestão de processos. O formador foi o juiz Jeverson Luiz Quintieri, titular do 3º Juizado Especial Cível de Cuiabá, e especialista no tema.
 
Logo no início da aula, o magistrado ressaltou a missão que os magistrados(as) terão quando assumirem uma comarca, com grande número de servidores, colaboradores e stakeholders (pessoas interessadas). Por meio de uma dinâmica inicial, o professor enfatizou a importância da escuta ativa, de verdadeiramente prestar atenção ao que o outro está falando. “Isso é fundamental para vocês que vão gerenciar pessoas”, observou, ao destacar a importância da boa comunicação e do mapeamento de competências para um trabalho de sucesso.
 
Por meio de atividades em grupo, como a “GVGO”, que conta com a participação de dois grupos, um de verbalização e outro de observação, os novos participantes do Cofi puderam se aprofundar em temas como o que é uma organização, qual a sua finalidade e, no caso dos futuros diretores do Foro, o que podem esperar e qual será a postura a ser adotada enquanto gestor da unidade. “Vocês já estão preparando seu espírito para serem juízes, mas também precisam prepará-lo para ser gestores. E digo mais, vocês serão mais gestores do que juízes na comarca”, assinalou Jeverson Quintieri.
 
O magistrado lembrou ainda que as organizações existem apenas para um único fim: satisfazer a necessidade de alguém. “Sempre que pensarem em organização, tem que pensar que ela não existe por si. Ela existe para atender alguém. E quando a gente esquece disso, a gente começa a achar que estamos fazendo favor para alguém, que nosso cliente está ali me atrapalhando, tomando o meu tempo. Porque não está pensando como gestor e não entendeu ainda o que é uma organização.”
 
Por meio de metodologias ativas, Jeverson Quintieri abordou variados temas, como sistema de produção, a importância de entregar um serviço com valor agregado, a necessidade de bem atender aos clientes que serão recebidos na unidade, e detalhou conceitos como eficiência, eficácia e produtividade. “Na gestão, eu só tenho eficiência quando eu não tenho custo desnecessário. E nem sempre fazer com menos significa eficiência. Se investir menos e isso gerar serviço ruim, não vou ter efetividade”, observou.
 
A importância de trabalhar com objetivos e metas para o alcance de resultados também foi abordada, assim como a importância de dar retorno à equipe por meio de feedbacks. “É muito importante, quando trabalharem com a equipe de vocês, saberem delegar. Que vocês definam metas, mas que também definam o método, o resultado que esperam (…) Dependendo da complexidade do problema, é preciso fazer um plano de ação. Isso é gestão: controle, lideranças, metas definidas, excelente comunicação e feedback.”
 
Sobre os processos de trabalho, destacou que cada processo deve ter um líder, objetivos/metas e indicadores de desempenho definidos. O professor assinalou a importância da liderança para o alcance dos objetivos definidos. “Como líder, cabe a mim influenciar e motivar a minha equipe para que os resultados aconteçam (…) Precisamos criar um clima organizacional onde as pessoas tenham prazer em trabalhar”, afirmou.
 
Currículo do professor – Jeverson Quintieri possui mestrado no Curso de Mestrado Interinstitucional (MINTER) em Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGD/UERJ). Professor convidado da FGV Direito Rio, em curso de MBA em Poder Judiciário; formador e tutor da Escola Nacional de Formação de Magistrados (Enfam); palestrante; professor de Direito Penal e de Direito Processual Penal.
 
Conteudista em curso de Método de Análise e de Solução de Problemas pelo Conselho Nacional de Justiça; é autor do Projeto Gafanhoto, prática finalista no Prêmio Innovare- Edição X (2013); possui MBA em Poder Judiciário pela FGV Direito Rio e é especialista em Engenharia da Produção pela Universidade Estácio de Sá. Também é especialista em Direito Penal e Direito Processual Penal pela Universidade Estácio de Sá; autor do método ORDEM de gestão para resultados em unidades judiciais; e autor do Método de Eliminação de Estoque e de Controle de Produção.
 
#Paratodosverem 
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: Sala de aula com juízes e juízas que participam da aula do juiz Jeverson Quintieri. Eles estão sentados em semicírculo, e o juiz está ao centro, falando ao microfone. Ele é um homem branco, que usa terno azul.
 
Lígia Saito/ Fotos: Keila Maressa 
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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