A Turquia anunciou, nesta terça-feira (9) que restringiu as exportações de vários produtos para Israel até a declaração de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Essa é a primeira ação significativa de Ancara contra o governo israelense desde o início da guerra, que completou seis meses neste domingo (7).
O governo de Israel afirmou que haverá retaliação às medidas da Turquia com suas próprias restrições aos produtos provenientes do país.
A Turquia impôs restrições às exportações de aço, fertilizantes e combustível de aviação. Além disso, o governo turco denunciou Israel pela sua ofensiva em Gaza, que foi lançada após o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro.
O governo turco pediu um cessar-fogo imediato, apoiou medidas para julgar Israel por genocídio e enviou milhares de toneladas de ajuda humanitária à população em Gaza.
Ainda assim, Ancara manteve seus laços comerciais com Israel, o que provocou diversas reações internas.
As restrições comerciais, que entram em vigor nesta terça-feira, vêm após a rejeição de Israel a um pedido turco para participar numa operação de lançamento aéreo de ajuda em Gaza.
Segundo o Ministério do Comércio, as restrições serão aplicadas à exportação de produtos de 54 categorias, incluindo ferro, mármore, aço, cimento, alumínio, tijolo, fertilizantes, equipamentos e produtos de construção, combustível de aviação e muito mais.
“Esta decisão permanecerá em vigor até que Israel, sob as suas obrigações emanadas do direito internacional, declare urgentemente um cessar-fogo em Gaza e permita o fluxo desimpedido de ajuda humanitária suficiente para a Faixa de Gaza”, afirmou.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que a Turquia havia “violado unilateralmente” os acordos comerciais com Israel.
Israel Katz afirmou que o governante turco, Tayyip Erdogan “está novamente sacrificando os interesses econômicos do povo da Turquia para apoiar o Hamas, e responderemos na mesma moeda”.
Pouco após o início da guerra Israel-Hamas, tanto o governo da Turquia quanto de Israel retiraram os seus embaixadores enquanto a tensão entre eles aumentava.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.